Detidos venezuelanos denunciam que estão “a morrer à fome”

Num vídeo enviado a uma ao Observatório Venezuelano de Prisões, os homens pedem que as autoridadades deixem as suas famílias trazer-lhes alimentos e que resolvam situações como as de algumas pessoas que “já cumpriram a sentença, mas continuam na prisão”.

O Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) denunciou, esta quinta-feira, que cerca de 1400 detidos no centro penitenciário da região capital Rodeo III, a leste de Caracas, a capital, protestaram devido à falta de alimentos fornecidos.

Os detidos estão a exigir que as autoridades deixam as famílias levarem alimentos, que garantam médicos e também que as autoridades resolvam a situação de alguns detidos que, "já cumpriram a sentença, mas continuam na prisão".

Numa publicação no Twitter, a organização não-governamental (ONG) garantiu que os presos estão “há dias a comer água com saber a feijão”, partilhando na mesma rede social vídeos enviados pelos próprios presos, de forma a mostrar as “condições em que se encontram”.

A má alimentação que os presos de Rodeo III recebem causou uma considerável perda de peso, e deixou muitos subnutridos", acrescenta a ONG, que denunciou também que os detidos foram agredidos por funcionários do Grupo de Resposta Imediata e Custódia (GRIC) do Ministério do Serviço Penitenciário venezuelano.

"Alguns detidos foram feridos, com balas de borracha, mas mesmo assim decidiram não ficar calados e durante a noite começaram uma greve de fome de protesto", afirmou a ONG.