Matos Fernandes diz que não pode haver tabus em recolocações de sítios atingidos pelas cheias

Matos Fernandes deixou assim esclarecido que as aldeias da zona ribeirinha se encontram “numa fase muito diferente” do que o litoral.

O ministro do Ambiente e da Transição Energética considerou, esta sexta-feira, que a deslocação de aldeias ribeirinhas de forma a prevenir que estas sejam atingidas pelas cheias não pode “ser um tema tabu em democracia”.

Segundo garantiu Matos Fernandes, citado pelo Jornal de Notícias, esta decisão será tomada "de última ratio”, ou seja, em último recurso. Estas declarações surgiram na sequência das declarações feitas por Matos Fernandes na última segunda-feira, quando disse que as pessoas das aldeias ribeirinhas têm que “ir pensando em mudar de sítio”.

À margem do lançamento para a concessão da rede de carregamentos de carros elétricos, Matos Fernandes terá dito que a realizar-se, esta mudança seria “por motivos de precaução, por motivos exclusivos de preocupação com quem ali mora e com quem tem habitações”. Não há aqui nenhum plano, nenhum modelo, não há sequer comparação entre estes aglomerados e, por exemplo, alguns aglomerados do litoral. Aí o avanço do mar é inexorável, enquanto as cheias, embora mais frequentes, não são de frequência continuada", esclareceu.

Matos Fernandes deixou assim esclarecido que as aldeias da zona ribeirinha se encontram “numa fase muito diferente” do que o litoral.

Aconselhou, segundo o Jornal de Notícias, as populações a refletirem sobre este assunto, sem tabus, apesar de descartar, para já, a ideia das mudanças das aldeias ribeirinhas.