Foi a 1890 quilómetros de Lisboa, a partir da ilha do Corvo, ( a mais periférica e ocidental do País), que Marcelo Rebelo de Sousa falou aos portugueses na tradicional mensagem de Ano Novo. À hora de almoço, o Presidente da República fez esta quarta-feira um discurso com alguns avisos e recados para futuro e definiu algumas prioridades para 2020. À cabeça estava a Saúde.
“Esperemos e trabalhemos – repito, trabalhemos e não só esperemos – para um ano de 2020 melhor do que o de 2019. E, porque, nesse trabalho, nesse labor, há, olhando à escassez de recursos, prioridades a determinar, concentremo-nos, em 2020, na saúde, na segurança, na coesão e inclusão, no conhecimento e no investimento", afirmou o Presidente da República num discurso curto.
No seu último ano de mandato ( em 2021 há eleições presidenciais), Marcelo Rebelo de Sousa fez uma análise sobre o mundo, a Europa e Portugal. Sobre o País, o Chefe de Estado pediu um " Governo forte, concretizador e dialogante, para corresponder à vontade popular, que escolheu continuar o mesmo caminho mas sem maioria absoluta, oposição também forte e alternativa ao Governo, capacidade de entendimento entre partidos quando o interesse nacional o assim exija". Dito de outra forma: o Governo não tem maioria absoluta e, por isso, é preciso diálogo.
O Presidente defendeu ainda que as Forças Armadas devem ser encaradas como "efetivo símbolo de identidade nacional", as forças de seguranças devem ser "apoiadas", a justiça "atempada" , sem esquecer até a comunicação social " resistente à crise financeira que a vai corroendo".
O chefe de Estado fez a passagem de ano no Corvo, e mergulhou ao largo da ilha do Corvo para cumprir a tradição do primeiro banho do ano.