Alerta máximo na Embaixada dos EUA em Lisboa

Muitos analistas veem as embaixadas dos EUA por todo o mundo e o seu pessoal diplomático como potenciais alvos da prometida vingança de Teerão.

A embaixada dos Estados Unidos em Portugal entrou em alerta máximo esta segunda-feira, segundo apurou o i, reforçando o nível de segurança diplomática no rescaldo do assassinato do general iraniano Qassem Soleimani por um drone norte-americano, a semana passada. Muitos analistas veem as embaixadas dos EUA por todo o mundo e o seu pessoal diplomático como potenciais alvos da prometida vingança de Teerão. O alerta máximo emanado de Washington estende-se a todas as embaixadas da União Europeia.

Recorde-se que, logo após o incidente, a embaixada dos EUA enviou um aviso aos cidadãos norte-americanos em Portugal, onde se lê que “há um aumento da tensão no Médio Oriente que pode resultar em riscos de segurança para os cidadãos dos EUA no estrangeiro”. É recomendado que os norte-americanos em Portugal mantenham uma postura discreta, se mantenham alerta em locais turísticos, revejam os seus planos de segurança pessoais e tenham os seus documentos à mão.

A última vez que foi noticiado um reforço da segurança na embaixada dos EUA em Portugal foi em junho de 2017, pouco depois de o Exército português reconhecer que tinham sido roubadas granadas foguete antitanque e explosivos dos Paióis Nacionais de Tancos, sem divulgar quantidades. A notícia foi avançada, na altura, pelo SOL. A justificação dada pelas autoridades norte-americanas para o reforço policial foram as celebrações do 4 de Julho que, segundo a fonte mencionada, terão sido antecipadas. “O que se passa é que nós levamos a nossa segurança muito a sério”, explicou então uma fonte ao Observador.

Entretanto, a coligação militar que está no Iraque, liderada pelos EUA, anunciou que vai respeitar o voto do Parlamento iraquiano e que se retirará. O Guardian avança que os militares da zona verde – onde está a embaixada norte-americana em Bagdade – já começaram a retirar-se para outras bases no país. Ainda não é claro se todos os cerca de seis mil militares norte-americanos estacionados no Iraque irão abandonar o território. No entanto, o secretário da Defesa, Mark Esper, nega que tenha sido tomada a decisão de retirar as tropas.

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