Grupo Amorim quer carga fiscal “aligeirada”

Corticeira assinalou 150 anos e disse que rolhas representam 70% do negócio.

A presidente da Amorim Investimentos e Participações, Paula Amorim, apontou a importância de se “aligeirar” a carga fiscal em Portugal para permitir aos empresários nacionais serem “competitivos com outros mercados”. O apelo foi feito à margem de uma cerimónia que marcou o início das comemorações dos 150 anos do grupo Amorim.

No entender da filha do empresário Américo Amorim, “podia haver, sem dúvida, um ambiente mais fácil para os empresários” em Portugal, apontando a carga fiscal como “extremamente importante” para assegurar a competitividade das empresas portuguesas. E garantiu: “Se queremos ser competitivos com outros mercados que não têm a mesma carga fiscal é muito importante que ela seja aligeirada. Com custos fiscais tão agravados nós tornamo-nos menos competitivos”.

Num balanço do século e meio de história do grupo Amorim, que se assinala este ano, Paula Amorim destacou a aposta que tem vindo a ser feita – através de um forte investimento em Investigação & Desenvolvimento-  no incremento da produção e da qualidade dos montados através do Projeto de Intervenção Florestal promovido pela empresa.
Numa altura em que “os temas da sustentabilidade estão na ordem do dia”, a empresária destacou ainda o papel central que pode ser desempenhado pela cortiça e produtos derivados “na perceção que o mundo tem sobre todos os temas da natureza”. 

Já o presidente executivo da Corticeira Amorim, António Rios Amorim, garantiu que “vai continuar ligado à rolha”, que atualmente representa mais de 70% do negócio do grupo, apontando para crescimento esperado das vendas para o segmento das bebidas espirituosas, que estão “a crescer muito acima do vinho” e permitirão à empresa “crescer em valor e em margem”.