Estudo revela que incêndios florestais têm tendência a crescer em número e gravidade

Desde a década de 80 até 2013, os incêndios florestais mantiveram-se ativos durante mais tempo, prolongando-se também os efeitos aquando a extinção dos fogos.

Estudo revela que incêndios florestais têm tendência a crescer em número e gravidade

Os incêndios florestais que começaram a deflagrar em setembro do ano passado, na Austrália, e que, esta terça-feira, fizeram Dalila Jakupovic abandonar um jogo de qualificação para o Open devido a um ataque de tosse provocado pela inalação de fumo, estão a ser estudados por uma equipa britânica.

O fenómeno levou Richard Betts e a sua equipa do Met Office – serviço nacional de meteorologia do Reino Unido – a analisar 57 estudos acerca da relação entre as alterações climáticas e os incêndios florestais. Para além de o estudo concluir que as alterações climáticas aumentam o riso de haver fenómenos deste tipo a nível mundial, revelam ainda que os incêndios florestais vão tornar-se um fenómeno registado em maior número e com maior gravidade no futuro.

O estudo indica que, desde a década de 80 até 2013, os incêndios florestais mantiveram-se ativos durante mais tempo, prolongando-se também os efeitos aquando a extinção dos fogos – temperaturas altas, baixa humidade e precipitação. Segundo o relatório, as alterações climáticas têm um papel fundamental no agravamento das condições extremas e na durabilidade destes tipo de incêndio. Apesar de, a nível global, a área ardida ser menor nas últimas décadas, a área florestal ardida é cada vez maior.

Segundo Richard Betts, está previsto que o sudeste da Austrália venha a registar entre 20 a 30 dias anuais de condições derivadas dos incêndios consideradas como “severas”. Nestas condições, que a Austrália está viver, os fogos são tidos como “incontroláveis” e como uma ameaça à vida.