EuroBic. Ordens “foram legítimas”, diz Teixeira dos Santos

Em causa está a transferência de, pelo menos, 115 milhões de dólares (cerca de 103 milhões de euros) de fundos públicos, entre maio e novembro de 2017, quando a empresária angolana era presidente da Sonangol

O presidente executivo do EuroBic garante que as transferências da Sonangol para uma empresa offshore no Dubai “foram ordens legítimas” e, como tal, a instituição financeira não “tem que sofrer da suspeição” em torno da empresária angolana Isabel dos Santos. A garantia foi dada por Fernando Teixeira dos Santos, em entrevista à RTP.

Em causa está a transferência de, pelo menos, 115 milhões de dólares (cerca de 103 milhões de euros) de fundos públicos, entre maio e novembro de 2017, quando a empresária angolana era presidente da Sonangol. Parte desse valor, quase 58 milhões de dólares (cerca de 52 milhões de euros) foram transferidos a 16 de novembro de 2017, já depois de a empresária angolana ter sido demitida da presidência da Sonangol, a 15 de novembro. A quantia terá sido transferida a partir de uma conta da Sonangol em Lisboa no EuroBic, banco de que a empresária é a maior acionista, passando a ter um saldo negativo de 451 mil euros.

De acordo com Teixeira dos Santos, o EuroBic não tem de ser afetado pela polémica Luanda Leaks . “Este banco não tem que sofrer da suspeição que se possa colocar sobre Isabel dos Santos em torno da gestão da Sonangol. Esse é um problema entre a Sonangol, o Estado angolano e Isabel dos Santos. Não tem de ser um problema deste banco”, disse.