“Na China há doentes que já começaram a ter alta, considerados curados”

Diretora-geral da Saúde fez um ponto de situação do novo coronavírus.

Os portugueses que chegarão de Wuhan, na China, cão ser submetidos a uma avaliação criteriosa das suas vidas, assim que aterrarem em França, anunciou, esta sexta-feira, a Direção Geral de Saúde (DGS), que elogiou ainda o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido na China.

"Estes portugueses estão no centro da cidade onde surgiu uma doença nova. Temos de ter a noção que estas pessoas são de uma zona especial, do epicentro [da doença]. [Por isso] Estas pessoas são especiais e terão um tratamento especial", disse Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, em conferência de imprensa na sede da DGS, em Lisboa.

“Quando chegarem, e eu quero ser completamente transparente pois não é fácil ter informação sobre estas pessoas que estão na China que nos permita perceber melhor coisas tão importantes como por exemplo se pertencem a famílias afetadas, se viviam com outras pessoas, se estiveram expostas ao mesmo tempo de risco. Nós não sabemos, vamos saber isso quando as nossas equipas entrarem em contacto com essas pessoas, no voo de regresso ou já à chegada a Portugal”, esclareceu.

Embora Portugal não tenha legislação para aplicar a quarentena, a diretora-geral da Saúde admite que estas pessoas ficarão isoladas em "instalações hospitalares e não internadas".

A responsável admitiu ainda que, após a declaração do estado de emergência de saúde pública internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o "nível de alerta de prontidão, obviamente, aumentou [assim como] a nossa necessidade de reforçar a capacidade de resposta dos serviços, com medidas de saúde pública, de tratar casos e depois encontrar contactos possíveis desses casos".

"Temos todos os meios e dispositivos preparados", garantiu Graça Freitas.

A diretora-geral da Saúde elogiou ainda a China."Os focos secundários têm sido contidos, o que é uma boa notícia", disse, realçando as altas já obtidas por alguns pacientes na China. “Na China há doentes que já começaram a ter alta, considerados curados”.

“A taxa de mortalidade têm-se mantido relativamente baixa para um vírus novo"”, disse ainda.

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