Tancos. Defesa de Azeredo admite ter ponderado chamar Marcelo para testemunhar

Azeredo Lopes vai ser interrogado esta segunda-feira.

Azeredo Lopes é ouvido esta segunda-feira, na fase de instrução do processo Tancos. O ex-ministro da Defesa é acusado de denegação de justiça, prevaricação, favorecimento pessoal praticado por funcionário e abuso de poder.

À chegada, Azeredo diz que irá esclarecer tudo o que "puder" dentro do tribunal. "Vou dizer aquilo que me for perguntado e aquilo que puder esclarecer. Mas aquilo que me foi perguntado e aquilo que eu puder esclarecer vou dizer, evidentemente, lá dentro e não perante vós. Se até agora mantive esta posição vou mantê-la até ao fim", disse, em declarações aos jornalistas.

O advogado de Defesa do antigo governante, Germano Marques da Silva, admitiu aos jornalistas presentes ter ponderado chamar Marcelo Rebelo de Sousa como testemunha de Azaredo Lopes. "Se me pergunta se ponderei, ponderei [chamar Marcelo como testemunha]. Não chamei porque é alta figura do Estado, tem possibilidade de não responder, tem imunidade. Foi só por isso que não chamei", afirmou.

Germano Marques da Silva, falou ainda sobre o pedido para ouvir o testemunho de António Costa em defesa de Azeredo.  "Houve notícias na comunicação social de que o Ministério Público queria chamar o primeiro-ministro e que foi impedido de o fazer. Chamei o primeiro-ministro precisamente para que não houvesse dúvida nenhuma. Quisemos aqui criar uma oportunidade para que ele pudesse responder", esclareceu. 

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