Peso das renováveis aumenta para 67% do consumo de eletricidade em janeiro

Consumo de gás natural bateu recorde no primeiro mês de 2019, mas peso das renováveis hídrica (36%), eólica (24%), biomassa (5%) e fotovoltaica (1,2%) já representaram 67% das necessidades dos portugueses.

O consumo de gás natural em Portugal atingiu um novo máximo histórico em janeiro deste ano, com 6752 GWh, um crescimento de 7,2% face ao período homólogo de 2019.

O segmento convencional ficou em linha com o verificado no mesmo mês do ano anterior, mas o segmento de produção de energia elétrica, a beneficiar das condições competitivas do gás natural face ao carvão, cresceu 64%. No dia 24 de janeiro registou-se igualmente um novo máximo histórico no consumo diário, com 267 GWh, ultrapassando os anteriores 263 GWh registados em 5 de dezembro de 2017.

Já o consumo de energia elétrica registou, em janeiro, um crescimento de 0,9%, ou 2,7% corrigido dos efeitos da temperatura e número de dias úteis, em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

As afluências aos aproveitamentos hidroelétricos estiveram perto dos valores normais para este mês, com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 1,03 (média histórica igual a 1). Também nas eólicas se verificou um regime próximo do médio com o índice de produtibilidade eólico a registar 0,99.

Desta forma, a produção renovável abasteceu 67% do consumo nacional (incluindo saldo exportador), repartida por hídrica com 36%, eólica com 24%, biomassa 5% e fotovoltaica 1,2%, a produção não renovável 33%, repartida por gás natural com 31% e carvão que mantém uma utilização residual com 2%.

Já o saldo de trocas com o estrangeiro foi exportador, equivalendo a cerca de 10% do consumo nacional.