Ventura recusa lições de moral dos “amigos do charro”

André Ventura e o Bloco de Esquerda envolveram-se em mais uma polémica no debate sobre o Orçamento do Estado.

André Ventura e o Bloco de Esquerda envolveram-se em mais uma polémica no debate sobre o Orçamento do Estado. A discussão começou com o deputado único do Chega a acusar o Governo de não cumprir a promessa de dar médicos de família a todos os portugueses.

A acusação foi contestada pelo Governo e pelo PS, mas também pelo Bloco de Esquerda. O bloquista Moisés Ferreira lançou a frase que incendiou o debate: “A política de saúde é uma discussão séria que precisa de gente séria para fazer essa discussão. Não encontramos essa gente séria na bancada do Chega”. André Ventura pediu a defesa da honra para dizer que aceita “ouvir tudo”, mas recusa lições de moral. “Não lhe admito que coloque em causa o caráter e honra de quem quer que seja, e muito menos a minha”. 

O Chega, em comunicado, defendeu que “fica mais claro que só ao deputado do Chega é proibido ou permitido falar de determinada forma, pois todas as restantes bancadas, e em especial a do Bloco de Esquerda, podem impunemente insultar André Ventura e quem mais lhes aprouver sem que sejam alvo de uma admoestação”. 

O Chega desafia ainda o presidente da Assembleia, Ferro Rodrigues, a condenar a intervenção do deputado do Bloco de Esquerda, depois de repreendido André Ventura por abusar da palavra “vergonha”.

A polémica poderia ter ficado por aqui, mas não ficou. Na sua página do Facebook, André Ventura referiu-se aos deputados do Bloco de Esquerda como os amigos da marijuana. “No dia em que eu ou o Chega recebermos lições de moral dos amigos da marijuana e do charro, Portugal estará perdido. Habituem-se, connosco será diferente”. 

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