MP investiga publicação de sindicato que insinuou que mulher detida na Amadora tinha “doenças”

Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI), já tinha aberto um processo administrativo ao sindicato, devido à mesma publicação.

O Ministério Público (MP) abriu uma investigação ao Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública (SUP). Em causa está uma publicação partilhada nas redes sociais, em defesa do agente da PSP acusado de agredir Cláudia Simões, na Amadora. O referido sindicato insinuava no post, partilhado no Facebook, que a mulher tinha doenças.

Segundo o gabinete de imprensa da Procuradoria Geral da República, “foi localizada uma queixa proveniente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial" que "foi remetida ao DIAP de Lisboa onde deu origem a um inquérito". 

Recorde-se que também a Inspecção Geral da Administração Interna (IGAI), já tinha aberto um processo administrativo ao sindicato, devido à mesma publicação.

O post partilhado no Facebook do Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública continha fotografias do polícia que deteve Cláudia Simões que, tal como a mulher, também se queixou de agressões, nomeadamente de ter sido mordido.

Na publicação, o sindicato desejava as melhoras ao agente da PSP, manifestando os desejos de que “as análises sejam todas negativas a doenças graves”.

“Foi neste estado em que ficou hoje o colega, ao intervir numa ocorrência na Amadora. As melhoras ao colega e espero que as análises sejam todas negativas a doenças graves. Contudo, a defesa da cidadã está a começar a ser orquestrada pelo ódiomor de brancos. Está tudo bem, não se passa nada”, lia-se na publicação, entretanto eliminada da rede social.

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