Wuhan. Numa cidade sem transportes, taxista torna-se em “super-herói” e transporta pessoas gratuitamente

 Segundo o taxista, a maioria das pessoas que transporta estão sozinhas na cidade, visto a sua família estar fora ou sob quarentena. “É de partir o coração. Não têm ninguém que tome conta deles”.

Zhang Lei era apenas um taxista normal que transportava passageiros para pagar as suas contas e fazer a sua vida na cidade chinesa de Wuhan. No entanto, depois do aparecimento do novo coronavírus na cidade de Wuhan, que já provocou a morte de mais 600 pessoas e deixou mais de 30 mil infetados, Zhang Lei tornou-se um taxista “super-herói”.

Depois de os transportes terem sido cortados na cidade pelo Governo, com o intuito de impedir a propagação do vírus, o homem de 32 anos tem transportado a população gratuitamente. Além de levar as pessoas ao hospital, Zhang Lei leva-os a comprar medicação e mantimentos. Segundo o taxista, a maioria das pessoas que transporta estão sozinhas na cidade, visto a sua família estar fora ou sob quarentena. “É de partir o coração”, revela ao The New York Times. “Não têm ninguém que tome conta deles".

Além de Zhang Lei, existem mais quatro condutores que transportam gratuitamente as pessoas. Lei admite que o maior motivo para ajudar as pessoas é o "aborrecimento" visto não haver nada para fazer na cidade-fantasma. Mas em segundo lugar, o homem admite que quer "contribuir para a sociedade e servir as pessoas".

O homem é obrigado a utilizar um fato de proteção da cabeça aos pés e uma máscara para se proteger do vírus e não tem autorização para transportar pessoas infetadas com o coronavírus, visto esta ser uma função dos serviços de emergências.No final do dia, tem de lavar o veículo e desinfetar o seu fato.