Guaidó aterra na Venezuela daqui a umas horas, enfrentando um futuro incerto

O autoproclamado Presidente da Venezuela, reconhecido como líder legítimo do país por mais de 50 nações, não sabe o futuro que lhe espera quando aterrar e poderá enfrentar desafios críticos nos próximos dias, especula o Washington Post citando fontes próximas do líder da oposição. 

O líder da oposição venezuelana e autoproclamado Presidente, Juan Guaidó, na sequência de um périplo de três semanas para arrecadar apoios internacionais, volta esta terça-feira a Caracas, capital da Venezuela. O seu círculo próximo diz que Guaidó pode enfrentar as consequências das autoridades venezuelanas por ter violado a proibição de sair da Venezuela, imposta o ano passado.. 

Guaidó irá aterrar daqui umas horas no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, situado a quase 20 quilómetros de Caracas, segundo um comunicado da sua assessoria de imprensa. De acordo com a oposição venezuelana, uma caravana de parlamentares apoiantes de Guaidó foi impedida pela polícia de continuar a sua viagem para o aeroporto, ainda a alguns quilómetros do aeroporto.

O autoproclamado Presidente da Venezuela, reconhecido como líder legítimo do país por mais de 50 nações, não sabe o futuro que lhe espera quando aterrar e poderá enfrentar desafios críticos nos próximos dias, especula o Washington Post citando fontes próximas do líder da oposição. 

Quem se encontra ao pé das portas das chegadas do aeroporto é a deputada Manuela Bolívar, que disse ao jornal norte-americano: "Guaidó não cometeu qualquer crime, por isso não deveria haver razão para não o deixar voltar". E acrescentou: "Mas estamos a enfrentar a ausência do Estado de Direito e pode acontecer qualquer coisa. Quando vives na Venezuela, tens a espada de Dâmocles sob a tua cabeça".

Desde de 2019 que Guaidó é o principal rosto da tentativa de levar a cabo um golpe de Estado para retirar Nicolás Maduro do poder. É a segunda vez, desde o ano passado, que realiza um périplo para angariar apoio de parte da comunidade internacional: passou pelo Canadá, esteve em vários países europeus e até esteve presente no discurso do Estado da União, na Câmara dos Representantes, nos Estados Unidos.