Venezuela acusa Governo português e TAP de tentarem introduzir explosivos no país

Governo de Maduro acusa o embaixador português em Caracas, Carlos Sousa Amaro, de interferir nos assuntos internos da Venezuela. Ministro dos Negócios Estrangeiros já reagiu.

Após a detenção do tio de Juan Guaidó, Juan Marquez, o Governo venezuelano acusa agora a TAP de ter violado “padrões internacionais” por ter permitido o transporte de explosivos e por ter ocultado a identidade de Guaidó num voo da companhia aérea para as Caracas, capital da Venezuela.

Recorde-se que Guiadó e o tio aterraram Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, a bordo de um voo da transportadora TAP, na terça-feira. Depois de Guaidó denunciar o desaparecimento do tio, o  Governo venezuelano avançou que este tinha sido detido por transportar "lanternas de bolso táticas" que escondiam "substâncias químicas explosivas no compartimento da bateria", bem como um colete à prova de bala e uma 'pen' informática dissimulada nos telecomandos de um veículo, com pretensos "planos de ataque".

Agora, além das acusações contra a TAP, de conivência com uma tentativa de introdução de explosivos na Venezuela, as autoridades daquele país acusam ainda o embaixador português em Caracas, Carlos Sousa Amaro, de interferir nos assuntos internos na Venezuela, ao interceder pelo tio de Guaidó.

O presidente da Assembleia Constituinte disse mesmo que "os portugueses pensam que somos idiotas". Diosdado Cabello argumentou que a TAP não é "nenhuma santa".

A agência Lusa encontrou em contacto com a companhia aérea, que se recusou a comentar as alegações. Já o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, diz que as alegações não fazem qualquer sentido. Segundo a SIC, o governante disse que os problemas que se vivem na Venezuela não se resolvem com intimidações e detenções arbitrárias.