BCP com lucros de 302 milhões em 2019

Só no passado, as comissões líquidas ascenderam a 703,5 milhões de euros.

O  BCP apresentou lucros de 302 milhões de euros em 2019, "impulsionado pela expansão dos proveitos core em 6,9% e pela redução das imparidades e provisões em 9,9% face ao ano anterior", revelou a instituição financeira liderada por Miguel Maya. Trata-se dos melhores resultados desde 2007.

O resultado inclui o impacto negativo de 66,4 milhões de euros considerados itens específicos, referentes a custos de reestruturação e compensação pelo ajuste temporário dos salários reconhecidos na atividade em Portugal e os custos suportados com a aquisição, fusão e integração do Euro Bank S.A., reconhecidos pela subsidiária polaca. No entanto, o banco lembra que, em 2018, o impacto, também negativo, dos itens específicos, totalizou 29,4 milhões de euros, referentes a custos de reestruturação e ao projeto de transformação digital em curso, ambos na atividade em Portugal.

Na atividade em Portugal, o resultado líquido de 2019 alcançou os 144,8 milhões de euros, evidenciando um crescimento de 25,4% face aos 115,5 milhões de euros apurados em 2018, fortemente influenciado pela diminuição significativa das necessidades de provisionamento, sobretudo do crédito, beneficiando também, embora de forma menos expressiva, do aumento dos resultados em operações financeiras. Esta evolução favorável do resultado líquido da atividade em Portugal foi atenuada pelo acréscimo dos custos operacionais e pelo impacto fiscal associado essencialmente ao cenário de taxas de juro.

Na atividade internacional, o resultado líquido totalizou 143,8 milhões de euros em 2019. "Excluindo os itens específicos, relacionados com os custos suportados com a aquisição, fusão e integração do Euro Bank S.A. anteriormente referidos, o resultado core da atividade internacional cresceu 15,3%, de 443,1 milhões de euros em 2018 para 510,8 milhões de euros em 2019, beneficiando de uma evolução muito positiva dos proveitos core, em especial da margem financeira, que superou em larga medida o aumento verificado nos custos operacionais", acrescentando que "o desempenho da atividade internacional, em 2019, foi determinado pelo menor contributo da operação polaca, condicionado pelo impacto resultante dos custos associados à integração do Euro Bank S.A".

Só no passado, as comissões líquidas ascenderam a 703,5 milhões de euros, evidenciando um crescimento de 2,8% face aos 684,0 milhões de euros registados no ano anterior, beneficiando tanto do bom desempenho da atividade em Portugal, como da atividade internacional. Em termos consolidados, salienta-se a evolução favorável das comissões relacionadas com o negócio bancário, que aumentaram 5,9% face aos 564,7 milhões de euros apurados em 2018, alcançando 597,8 milhões de euros em 2019.