EUA. Bloomberg foi alvo a abater, mesmo que não vá ao Nevada

Bloomberg teve um repentino impulso nas sondagens, o que está a assustar muitos candidatos.

O oitavo homem mais rico do mundo segundo a lista da Forbes de 2019, Michael Bloomberg, foi o grande alvo a abater no debate democrata desta quarta-feira. Com a recente subida nas sondagens, os adversários juntaram-se para acusar o ex-mayor de Nova Iorque de estar a tentar comprar a nomeação presidencial. E nem vai participar nas primárias do Nevada, a serem disputadas este sábado, apostando tudo na “super terça-feira”. 

É a primeira vez que Bloomberg participa num debate para a nomeação presidencial democrata. Até esta altura, não preenchia os requisitos necessários para participar, fosse por não contabilizar os apoios necessários nas sondagens, fosse por não ter o número suficiente de contribuições individuais. Mas, agora, a sondagem da NPR/PBS/Maris dá-lhe um impressionante segundo lugar, quando só anunciou a candidatura em novembro. Porventura, os mais de 400 milhões de dólares que Bloomberg investiu na sua campanha estão a produzir resultados. 

Quem tomou a dianteira dos ataques, e a mais agressiva nesse sentido, foi a senadora do Massachussets Elizabeth Warren. Entre muitas coisas, a senadora, bem como outros candidatos, questionou o historial de acusações de sexismo na empresa de Bloomberg e as práticas etnicamente discriminatórias da polícia nova-iorquina enquanto era mayor. 

“Gostava de falar sobre alguém contra quem estamos a concorrer: um multimilionário que chama às mulheres gordas lésbicas com cara de cavalo”, atacou Warren. “E não, não estou a falar de Donald Trump. Estou a falar do mayor de Nova Iorque”.

As primárias do Nevada serão um teste para todos os candidatos, pois o estado é etnicamente muito mais diverso do que o New Hampshire e o Iowa, onde se iniciaram as primárias. À frente das sondagens encontra-se o senador do Vermont Bernie Sanders, tanto no Nevada como a nível nacional. Neste último, Sanders está mesmo com larga vantagem: 32% das intenções de voto, em contraste com os 19% de Bloomberg.