Obras de construção e reabilitação de casas aumentaram 9,4% em 2019

Ritmo da construção aumentou o consumo de cimento em Portugal para máximos com seis anos. Área metropolitana do Porto esteve em destaque.

As obras de construção e reabilitação de edifícios habitacionais licenciadas pelas câmaras municipais aumentaram 9,4% em 2019, em comparação com o ano anterior. Os dados divulgados pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) indicam que foram realizadas 16 461 obras deste género durante o ano passado (face às 15 043 feitas em 2018). 

Já o número de fogos licenciados em construções novas foi de 23 737 em 2019, o que representa um crescimento homólogo de 17,2% (20 259 em 2018).

Em sequência destes números, verificou um natural aumento do consumo de cimento no mercado nacional em 2019: foram utilizadas 3,23 milhões de toneladas de cimento, o que corresponde a um crescimento de 14,9% face a 2018 e a um máximo dos últimos seis anos – aproximando-se dos níveis registados no ano de 2012.

Pese a tendência de crescimento em 2019, o volume de crédito concedido pela banca às empresas de construção e imobiliário sofreu uma redução homóloga de 6,6%, fixando-se em 16 mil milhões de euros, ou seja, no valor mais baixo desde o início do século XXI, segundo divulgou a AICCOPN.

Em dezembro do ano passado, o valor médio da habitação em Portugal para efeitos de avaliação bancária foi de 1 321 euros por metro quadrado, o que traduz um aumento de 8,3%, (comparativamente face aos 1 220 euros por metro quadrado apurados em dezembro de 2018),  o que significa um aumento de 9,7% nos apartamentos e de 4,7% nas moradias.

A área metropolitana do Porto esteve em destaque em 2019, com um número de fogos licenciados em construções novas a chegarem às 4270, o que traduz um aumento de 29,1% (face aos 3 308 alojamentos licenciados em 2018). Deste número total, 45% foram registados como sendo de tipologia T3 e 26% de tipologia T2.

 

Relativamente aos valores de avaliação bancária na habitação nesta região verificou-se, em dezembro, um aumento em termos homólogos de 10,4% para os 1330 euros por metro quadrado.