“Bibi” a caminho da vitória nas eleições israelitas

Apesar das acusações de corrupção, prevê-se que os partidos que apoiam o primeiro-ministro israelita fiquem com 60 deputados. Nesse caso, bastaria-lhe mais um para uma maioria.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, conhecido como "Bibi", encaminha-se para a vitória nas eleições israelitas, as mais participadas das últimas duas décadas. As sondagens à boca de urna dão ao seu partido, o Likud, 37 dos 120 deputados israelitas, ultrapassando o seu principal adversário, Benny Gantz, da coligação Azul e Branca, que se prevê ficar com 33 deputados. Contudo, o grande sucesso de Netanyahu é mesmo o crescimento dos seus aliados. Prevê-se que bloco "pró-Bibi" fique com 60 deputados – nesse caso, basta-lhes de aliciar mais um para formar Governo.

"Uma grande vitória", declarou o primeiro-ministro, cujo apoio não foi abalado pelas várias acusações de corrupção que enfrenta na justiça israelita. Certamente terá ajudado que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aliado próximo de "Bibi", tenha revelado em plena campanha eleitoral o seu plano para a paz entre Israel e a Palestina, em que acedia a praticamente todas as reivindicações de Telavive. Já Gantz parece ser o grande derrotado. "Se estes são os resultados, então então sim, é um falhanço", lamentou Ofer Shelah, deputado da coligação Azul e Branca, citado pelo Haaretz. 

Em terceiro lugar manteve-se a Lista Conjunta, que junta vários partidos maioritariamente árabes e cresceu nestas eleições – prevê-se que tenham 14 ou 15 lugares. "A coligação Azul e Branca falhou por causa da atitude racista contra nós", considerou Ayman Odeh, um dos líderes da Lista Conjunta, em declarações ao canal News 12. Os árabes representam cerca de 20% da população israelita, mas queixam-se de sistemática descriminação. Aliás, uma das grandes acusações feitas por Netanyahu a Gantz era de que este estaria disposto a coligar-se com os partidos árabes – algo que este prontamente negou.