Defesa de Granadeiro rebate acusações no debate da Operação Marquês

Ex-administrador da PT está acusado por corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal. 

A defesa de Henrique Granadeiro, um dos principais arguidos na Operação Marquês, continuou ontem as suas alegações durante o debate instrutório. O advogado do ex-administrador da PT referiu que “Granadeiro não cumpriu qualquer plano gizado por Salgado” e que a “PT não foi empurrada por Ricardo Salgado nem pelo BES para a entrada na OI”, segundo a TVI. Granadeiro está acusado por corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal.

Segundo o Ministério Público, o ex-administrador da telefónica portuguesa recebeu perto de 24,5 milhões de euros entre 2007 e 2012, provenientes do alegado saco azul do Grupo Espírito Santo.

Durante o dia de ontem foi ainda ouvida a defesa de Rui Mão de Ferro, sócio de Carlos Santos Silva, que alegou que o seu cliente “desconhecia qualquer tipo de conluio, estratégia ou ligações espúrias, e em nenhuma das milhares de páginas do processo está provado que teve contactos pessoais ou profissionais com José Sócrates, Zeinal Bava ou Ricardo Salgado”.

O debate instrutório terminou com as alegações do advogado de Gonçalo Trindade Ferreira, que está acusado de crimes de branqueamento de capitais e de falsificação de documentos. Segundo a defesa, não existe no despacho da acusação qualquer prova de conversas entre Gonçalo Ferreira e José Sócrates.