PJ investiga incêndio à porta de loja chinesa em Alvalade

A PSP confirmou ‘indícios de crime doloso’ no incidente de sábado à noite e passou o caso à PJ. 

O incêndio que foi ateado por oito jovens junto a uma loja chinesa em Alvalade, Lisboa, e que o i noticiou esta terça-feira, está a ser investigado pela PJ. A confirmação foi esta quarta-feira dada ao i pela PSP. Segundo esta polícia, “inicialmente ponderou-se a possibilidade de a combustão ter resultado de uma beata de cigarro abandonada”. No entanto, depois das diligências das autoridades “foi possível apurar que um grupo de jovens havia sido o responsável por atear o fogo”. Por esta razão, e depois da denúncia feita pelos proprietários da loja chinesa “e confirmando-se existirem indícios de crime doloso”, a informação foi passada à PJ. 

Tal como o i noticiou na edição desta terça-feira, durante a madrugada deste sábado, por volta da meia-noite, um grupo de oito jovens incendiou vários caixotes de papel que estavam à entrada da loja. As caixas estavam naquele local para serem recolhidas pelos serviços municipais. Os moradores deram conta e chamaram de imediato os bombeiros.

A notícia foi, inicialmente, divulgada através da aplicação Wechat pelo jornal chinês Puhuabao, sediado em Lisboa e direcionado para a comunidade chinesa em Portugal. Este jornal relacionou o incidente com o novo coronavírus e, na publicação, pedia aos chineses residentes em Portugal que, caso estejam a sofrer pressões neste momento de epidemia, entrem em contacto com as autoridades e com a embaixada chinesa em Portugal. 

Segundo avançou o jornal Hoje Macau, a embaixada da China em Portugal reagiu e informou que pediu às autoridades “que a este caso seja atribuído um elevado grau de importância e que a investigação seja feita rapidamente, de forma a punir os criminosos e assegurar os direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses em Portugal”. Além disso, foi pedido ao Governo português a adoção de medidas para “combater qualquer forma de discriminação e ilegalidades praticadas contra grupos específicos”.