Costa pede “prudência e bom senso” após Parlamento aprovar estado de emergência

“Ninguém é deixado à sua sorte”, garantiu o primeiro-ministro.

Depois de, no final da reunião desta quarta-feira com o Conselho de Ministros, ter garantindo que “a democracia não fica suspensa”, António Costa reforçou essa ideia. “Continuaremos a ser uma sociedade aberta, de cidadãos livres e num Estado de Direito democrático”.

António Costa salientou ainda o “enorme sentido cívico” com que todos os portugueses têm “assumido todas limitações”, relembrando as 14 pessoas que se submeteram a uma quarentena voluntária sem qualquer objeção e o próprio Presidente da República. Deu ainda o exemplo de todos os pacientes que, sendo casos confirmados ou suspeitos, têm seguido as indicações da DGS, tendo assumido ser agentes da saúde pública.

“E temos de continuar assim, com estado de emergência ou sem estado de emergêcia”, afirmou Costa, salientando que Portugal sabia que era nestas alturas “que mais sentido faz salientar o valor de uma comunidade”. “Isso significa que ninguém é deixado à sua sorte”, garantiu o primeiro-ministro, garantindo que o combate pelo direito à saúde e à vida ia ser feito em conjunto. 

Costa deixou ainda agradecimentos a todos os partidos políticos, “em especial à oposição”, por terem vindo a expressar sentido de unidade nacional, “sem descurar o dever que têm de manter o sentido crítico” sob a forma como o Governo atua. 

O primeiro-ministro alertou ainda para o facto de cada medida adoptada pelo Governo não ser uma medida que restringe a liberdade durante “uma ou duas semanas”, mas sim por um período mais duradouro. António Costa apelou a que haja prudência e bom senso, já que, ainda que não seja, fácil, “nunca é tão necessário como nestes momentos de crise".