DGS vai implementar cadeia de prioridades no caso de não ser possível “testar todos”

A medida irá entrar em vigor dia 26 de março às 00h00.  

A Direção-Geral da Saúde anunciou, esta terça-feira, que o número de vítimas mortais aumentou para 30 e que foram registados mais 302 casos do que ontem, o que aumenta o total de pessoas infetadas no país para 2362 casos, que representa um aumento de 15%. Pela primeira vez ocorreu um óbito nos Açores.

Uma das grandes novidades da conferencia foi um novo critério que irá ser implementado pela Direção-Geral da Saúde No caso de não ser possível "testar todos" vai ser criada uma cadeia de prioridades: Em primeiro estão os doentes para internar, os recém-nascidos, e as grávidas. De seguida, estão os profissionais de saúde sintomáticos.

Os doentes com doenças como asma, insuficiência cardíaca ou diabetes ou que se encontram em situações de maior vulnerabilidade, como residência em lares, e doentes com contacto próximo com as pessoas anteriormente referidas também farão parte da cadeia de prioridades implementada pela DGS. Esta cadeia de prioridades irá entrar em vigor dia 26 de março às 00h00.

Questionado pelos jornalistas sobre o Governo estar a fazer um possível racionamento de testes, António Sales negou a alegação. "Não há racionamento nos testes, há sim racionalização". "Tem de haver um critério racional para se poder testar. E isso acompanha a evolução do próprio surto", aponta ainda o secretário de Estado da Saúde. "Estes critérios poderão evoluir de semana para semana", acrescenta.

O Secretário de Estado da Saúde afirmou ainda que estão a ser adquiridos na China 500 ventiladores, que “chegarão até meados de abril” para garantir resposta do SNS ao aumento de infetados.

Há 22 pessoas recuperadas de covid-19 em Portugal. 1783 aguardam resultado de análises laboratoriais e 1142 estão sob vigilância das autoridades de saúde. A grande maioria dos casos centram-se em Lisboa (175) e no Porto (126).