Sindicato dos Enfermeiros pede ajuda ao Governo para ‘situação de catástrofe’ em Resende

Depois de confirmados 10 casos de infeção por covid-19 na Santa Casa da Misericórdia de Resende, Sindicato explica que, neste momento, trabalham naquela instituição apenas três enfermeiros sem quaisquer condições. 

O Sindicato dos Enfermeiros pediu esta terça-feira a Marta Temido, ministra da Saúde, ajuda para resolver a “situação de catástrofe que se avizinha nas próximas horas” na Santa Casa da Misericórdia de Resende. Em comunicado, o sindicato explicou que, depois de dez utentes terem dado positivo ao teste para o novo coronavírus, trabalham naquela instituição apenas três enfermeiros – dois em regime de recibos verdes. Os restantes profissionais da Santa Casa da Misericórdia de Resende estão em quarentena “por contacto e prestação de cuidados diretos aos utentes infetados”. 

“Estes enfermeiros estão a trabalhar sem quaisquer condições: Trabalham 24 horas seguidas com períodos de repouso de apenas 8 horas entre eles e não há na instituição esquipamentos de proteção individual”, denunciou o Sindicato dos Enfermeiros, acrescentando que a instituição já esgotou todos os recursos previstos no seu plano de contingência. Alertada a Direção-Geral da Saúde, “não obteve qualquer resposta”. 

Além disso, os profissionais aguardam ainda o resultado de outros testes, incluindo 18 utentes do lar que estão acamados e alguns funcionários. Por isso, o Sindicato dos Enfermeiros pediu à tutela mais enfermeiros para garantir a prestação de cuidados aos utentes, materiais de proteção individual e a transferência dos utentes para uma instituição capaz de lhes garantir os cuidados necessários.