Rendas das casas subiram 10,8% em 2019

Média nacional é de 5,32 euros por metro quadrado mas há 39 municípios a superar este valor.

Apesar de o preço das casas ter diminuído, o mesmo não aconteceu com o valor mediano das rendas que registou um aumento de 10,8% no segundo semestre do ano passado, com uma média nacional de 5,32 euros por metro quadrado. No entanto, há 39 municípios a superar este valor.

Os dados foram divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que refere que o número de novos contratos diminuiu 6,4%, face ao segundo semestre de 2018. Contudo, explica o INE, pela primeira vez, desde o início da série, no segundo semestre de 2017, quatro sub-regiões NUTS III aumentaram o número de novos contratos de arrendamento, face ao período homólogo: Baixo Alentejo (+9,0%), Alto Tâmega (+8,7%), Alentejo Central (+5,1%) e Médio Tejo (+0,8%).

Neste período 39 municípios, localizados maioritariamente na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve, apresentaram um valor mediano superior ao valor nacional.

Lisboa apresentou o valor mais elevado (11,96 euros por metro quadrado), e com valores iguais ou superiores a sete euros por metro quadrado destacavam-se também Cascais (10,71 euros por metro quadrado), Oeiras (10,18 euros por metro quadrado), Porto (8,83 euros por metro quadrado), Amadora (8,33 euros por metro quadrado), Almada (7,77 euros por metro quadrado), Odivelas (7,67 euros por metro quadrado), Matosinhos (7,55 euros por metro quadrado), Loures (7,24 euros por metro quadrado), Loulé e Albufeira (ambos 7,03 euros por metro quadrado), mais três municípios que os assinalados no semestre anterior.

Já em Lisboa, as freguesias de Misericórdia (14,49 euros por metro quadrado), Santo António (14,25 euros por metro quadrado), Estrela (14,00 euros por metro quadrado), Campo de Ourique (13,98 euros por metro quadrado), Santa Maria Maior (13,90 euros por metro quadrado) e Parque das Nações (13,55 euros por metro quadrado) registaram valores superiores a 13,5 euros por metro quadrado. No Porto, a União das freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde registou o valor mais elevado (9,50 euros por metro quadrado) e a freguesia de Campanhã registou a maior taxa de variação homóloga (+21,8%) mas o menor valor de rendas (7,54 euros por metro quadrado).

No entanto, o gabinete estatístico lembra que esta informação não reflete ainda a situação atual determinada pela pandemia. “É de esperar que as tendências analisadas se alterem substancialmente”.