APHORT pede clarificação sobre apoios às empresas

Associação diz que nenhuma empresa usufruiu ainda de algum tipo de apoio imediato.

A APHORT – Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo pediu esta quinta-feira ao Governo “uma resposta clarificadora que ponha fim ao clima de indecisão instalado no setor do turismo e que permita às empresas reavaliarem a sua posição, reorganizarem-se e perceberem o caminho que poderão fazer nos próximos tempos”.

“As medidas de apoio anunciadas pelo Governo, vão estar disponíveis até ao final do mês de março: sim ou não? É uma resposta simples e clara que as empresas precisam de obter, neste momento, por parte do Governo, para saberem exatamente com o que podem contar e poderem definir o seu futuro”, explica António Condé Pinto, presidente executivo da APHORT. “Esta falta de clarificação está a gerar angústia e até desespero junto de muitos empresários, o que conduz, muitas vezes, a comportamentos desnorteados ”, explica.

“Os nossos associados estão a assumir o compromisso de “aguentarem” o mês de março, esforçando-se por assegurar salários e empregos. Mas abril será um mês crítico, a partir do qual esperamos poder contar com um acelerar da execução das medidas já anunciadas, em tempo útil para as empresas, e com uma maior capacidade de resposta do Governo”, defende ainda António Condé Pinto.

 A associação garante que, até agora, nenhuma empresa teve a possibilidade de usufruir de algum tipo de apoio imediato, no que toca a condições de layoff , a acesso a períodos de moratória para pagamento de segurança social, IRS ou IVA ou a linhas de financiamento.

Para além do esforço de atualização de informação permanente e da prestação de orientação e apoio no esclarecimento de dúvidas aos seus associados, a APHORT garante que tem mantido um diálogo permanente com a PSP e a GNR, com as quais está a colaborar de forma ativa: “A APHORT, a PSP e a GNR partilham uma visão comum no que toca aos procedimentos a adotar face aos estabelecimentos de restauração e similares que mantêm a atividade em funcionamento e, nesse contexto, estamos a acompanhar a situação no terreno e a colaborar com as forças de segurança, no sentido de transmitir e de ajudar a operacionalizar essas mesmas informações junto dos nossos associados”, esclarece António Condé Pinto.