Na primeira semana de confinamento venda de livros caiu em dois terços

Segundo o diretor-geral da GfK Portugal, António Salvador, a pandemia “está a afetar gravemente a venda de livros”. E, a manter-se a tendência, antevê “a pior crise que alguma vez já existiu neste mercado”.

A venda de livros em Portugal caiu abruptamente com o agravamento da situação epidemiológica da pandemia de covid-19. Segundo dados nesta quarta-feira divulgados pela empresa de estudos de mercado GfK, na semana de 16 a 22 de março foi registada uma acentuada quebra de dois terços no número de livros vendidos (-65,8%) face à semana homóloga do ano passado.  

Nessa semana, foram vendidos menos 121,6 mil livros, o que corresponde a uma quebra de 1,6 milhões de euros nas receitas. Nos hipermercados a redução na compra de livros foi menor (de 40%) do que em livrarias e outros espaços, onde as quedas foram de 73%.
As categorias mais atingidas foram, segundo a GfK, Vida Prática, Lazer e Atualidades (-75%), Infantil/Juvenil (-64%) e Literatura (-58%). 
Segundo o diretor-geral da GfK Portugal, António Salvador, a pandemia “está a afetar gravemente a venda de livros”. E, a manter-se a tendência, antevê “a pior crise que alguma vez já existiu neste mercado”.