‘Ensino presencial tem de recomeçar até 4 de maio para calendário escolar ser cumprido’, diz Costa

A previsão foi apresentada por António Costa que lembra que decisão será tomada a 9 de abril.

‘Ensino presencial tem de recomeçar até 4 de maio para calendário escolar ser cumprido’, diz Costa

O primeiro-ministro admitiu que é provável que exista uma “segunda onda” de covid-19 no país. Em entrevista à Rádio Renascença, esta sexta-feira de manhã, António Costa abordou também a resistência inicial em decretar o estado de emergência e o tema do ano escolar.

O líder do Executivo reconhece que o regresso à normalidade ainda não se vislumbra, mas quer que dentro "de dois ou três meses” seja possível “recomeçar o mais próximo possível da situação em que estávamos".

Para Costa, o ponto mais urgente nesse recomeço são as escolas. "A data limite para que o calendário escolar possa ser cumprido com a maior regularidade possível é o ensino presencial recomeçar a 4 de maio", sublinhou reafirmando que a decisão será tomada no próximo dia 9.

Se esse cenário de reabertura das escolas até 4 de maio não for possível, o primeiro-ministro garante que o Estado vai apostar tudo no ensino à distância, o que significa que terá de ser "complementado através da televisão". Para Costa, “essa é uma das formas de se combater as desigualdades".

O primeiro-ministro admitiu ainda um cenário de uma "segunda onda" de incidência da doença em Portugal e reiterou que esta primeira luta contra a covid-19 é um "túnel com dois ou três meses".

"Vamos continuar a ter todos os dias cada vez mais pessoas infetadas e mais pessoas a falecer. Depois, vai começar a descer. Vai haver uma luz ao fundo do túnel", afirmou, acrescentando que "Tinha consciência que isto não ia durar 15 dias, que isto ia ser uma longuíssima maratona e não uma estafeta de 100 ou 200 metros". Foi assim que costa explicou a resistência inicial, apesar das pressões de Belém, em declarar o primeiro período de estado de emergência.

A prioridade do Governo, além da saúde pública, é "proteger as pessoas, os empregos, os rendimentos o mais possível, fechar as lojas esperar que as empresas não tenham grandes prejuízos", adiantou. "Temos que agir de uma forma solidária. O esforço tem que ser partilhado e tem que ser de todos", acrescentou, sublinhando que não se pode “esquecer as pessoas que estão a perder uma grande parte dos seus rendimentos".