Casal e 11 filhos vivem em isolamento obrigatório num apartamento com 172 metros quadrados.

Todos estão infetados com covid-19

O novo coronavírus deixou a população espanhola em isolmento obrigatório com o intuito de evitar a propagação da doença que já vitimou mais de 12 mil pessoas no país. No entanto, para muitas famílias tem sido complicado evitar a propagação… dentro da própria casa. 

Este é o caso de uma família residente em Valladolid, Espanha. Com 13 pessoas a viver na mesma casa, um apartamento de 172 metros quadrados, foi impossível que todos não ficassem infetados com covid-19. A mãe das crianças, Irene, foi a primeira a ser infetada pelo novo vírus, visto ser enfermeira, relata o jornal Clarin.  Rapidamente, acabou por contaminar o marido e os filhos que têm entre 12 meses e 15 anos. E a família encontra-se em isolamento há quase 3 semanas. Uma história a que os jornais locais, nacionais e mesmo internacionais não têm resistido. 

O casal diz que os médicos afirmam que estão todos "quase curados" mas que devem ter certos cuidados visto estarem em contacto permanente com várias pessoas, mesmo que no seio familiar.

Segundo o pai, José María, as crianças encontram-se bem. "Os sintomas nas crianças são muito intensos, mas muito curtos", diz. "Em poucas horas, eles começam a dizer que lhes doí a cabeça, a bariga e a febre sobre muito. Eles começam a vomitar. Eles têm um dia ou um dia e meio preocupante, mas no dia seguinte eles estão ótimos. É maravilhoso ouvir novamente que eles estão com fome e querem comer", disse ao jornal Clarin.

Com 11 crianças, o casal teve de começar a criar tarefas para entreter os filhos. "Fizemos um cronograma para gerirmos os pequenos-almoços, o tempo de aulas das crianças. Tivemos de nos organizar como qualquer outra família. Mas também temos tido uma constante ajuda exterior", contaram, afirmando que a mãe de Irene deixa as refeições no elevador da garagem do prédio. 

As tecnologias estão a ser bastante importantes para entreter as crianças, especialmente os mais novos.  "Temos os nossos telemóveis e fomos desencantar um iPad antigo e um computador portátil que, de certo modo, nestas circunstâncias, nos salvaram a vida. Não tem sido uma situação fácil, mas temos fé", afirmou José Maria.

"O melhor, até agora, foi a pergunta de Helena, de anos, que há alguns dias acordou com uma pergunta:" Quando é que os reis chegam?". Segundo o pai, a menina associa o isolamento obrigatório ao Natal. "Ela não vai à escola, passa a tarde a ver filmes com os irmãos, chegam presentes que nos enviam todos os dias e para ela isto está a ser igual aos feriados". Por outro lado, os filhos mais velhos mostraram bastante "maturidade" e "responsabilidade", o que deixou os progenitores surpreendidos e se tem mostrado um grande apoio. 

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