Youtube tenta combater desinformação sobre covid-19

A gigante tecnológica diz que, desde fevereiro, que tem revisto manualmente milhares de vídeos que espalham informação perigosa ou enganadora sobre o coronavírus. 

O Youtube disse que ia reduzir o conteúdo que se anda a alastrar no seu sítio sobre teorias da conspiração que ligam a tecnologia 5G ao novo coronavírus,  revelou a empresa este domingo, citada pelo Guardian. Recomenda ainda que os utilizadores retirem esses vídeos por si mesmo, pois violam a política da empresa.

Conteúdos que se desdobrem sobre teorias da conspiração em relação às comunicações 5G por si mesmas, que não mencionem o coronavírus, continuarão a ser permitidos no site, diz o diário britânico. Contudo, segundo o Youtube, este tipo de conteúdo está na “linha fronteiriça”, podendo assim estar sujeito a uma supressão, incluindo a perda de receitas de publicidade e ser retirado dos motores de pesquisa da plataforma.  

“Temos também políticas claras que proíbem vídeos que promovam métodos sem fundamento médico para impedir o coronavírus, em vez de se procurar tratamento médico e removemos rapidamente vídeos que violem essas políticas quando os descobrimos”, disse um porta-voz da gigante tecnológica, citada pelo Guardian. “Também começámos a reduzir as recomendações dos conteúdos na linha fronteiriça, tais como as teorias relacionadas ao 5G e ao coronavírus, que podem desinformar os utilizadores de forma prejudicial”. 

Num desses vídeos, removido pela empresa depois de o diário britânico ter conseguido vê-lo, tinha um homem que dizia ser um antigo membro de uma direção de uma empresa de telecomunicações britânica. Neste, afirmava falsamente que os testes para se identificar se a pessoa é portadora de coronavírus, na verdade, eram usados para alastrar o vírus. Disse ainda que a pandemia tinha sido criada para esconder as mortes provocadas pela tecnologia de telecomunicações.

Apesar do Youtube ter removido esse vídeo, continuam a circular variações dessa versão. O Guardian descobriu três vídeos dessas respetivas versões modificadas noutros domínios. 

A gigante tecnológica diz que, desde fevereiro, que tem revisto manualmente milhares de vídeos que espalham informação perigosa ou enganadora sobre o coronavírus.