Afinal, devemos ou não usar máscara?

Apesar de a obrigatoriedade d o uso de máscaras ser uma decisão tomada por cada país, a OMS esclareceu, esta segunda-feira, quem e em que situações se deve utilizar máscaras cirúrgicas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) esclareceu, esta segunda-feira, as dúvidas que têm sido levantadas, a nível mundial, acerca do uso de máscaras. Apesar de reconhecer que é uma medida que pode servir como prevenção, a organização sublinha que o uso de máscara pouco servirá se não forem tomadas, ao mesmo tempo, outras medidas. As máscara devem ser reservadas aos profissionais de saúde, mas também utilizadas por quem está doente. O uso de máscaras por parte de quem está doente ajuda assima  prevenir a propagação do vírus, já que as gotículas provenientes que podem ficar no ar ou nas superfícies podem contaminar outras pessoas – que usem, ou não, máscara.

Segundo a OMS, há poucas evidências de que o uso de máscaras cirúrgicas – aquelas a que a organização se refere no documento – possa evitar o contágio. A organização explica que, apesar de o uso de máscaras cirúrgicas ser uma medida preventiva, esta ação pode levar a uma falsa sensação de segurança para quem a usa, fazendo com que negligenciem medidas que a organização considera “essenciais” na prevenção do contágio, como, por exemplo, o distanciamento social e a higienização constante das mãos. No documento, a OMS faz questão de explicar que o uso de máscara será “insuficiente” se estas duas medidas não forem cumpridas.

A organização sublinha que as máscaras devem reservar-se a quem presta cuidados de saúde, “principalmente quando há uma escassez” deste produto, e a quem esteja já contaminado.

Para as pessoas infetadas, o uso de máscara é aconselhado, tal como o isolamento e a procura de ajuda médica. O uso de máscara não deve ser desvalorizado a quem desconfie que possa estar infetado, já que, numa primeira fase, e mesmo durante a doença, os sintomas podem ser ligeiros. A OMS chama ainda a atenção para o cumprimento das regras de distanciamento social, essenciais na medida em que pode haver contágio porta parte de uma pessoa assintomática, e que, por esta razão, não saiba que está infetada.

A OMS sublinha que não há provas de que o uso de máscaras em larga escala nas comunidades seja uma forma de evitar a contaminação e aconselha a que as autoridades responsáveis por tomar esta decisão em cada um dos países tenham em atenção certos aspetos como a vulnerabilidade e os grupos de riscos.

Quanto às máscaras que estão a ser produzidas, como por exemplo, de algodão, a OMS não tem um conselho para dar já que “não há provas” de que outros materiais possam prevenir a passagem de gotículas através dessas máscaras, compostas por outros materiais.

A organização deixa ainda um alerta para quem use máscara, já que, mesmo que o uso possa prevenir em alguma situação o contágio, esta deve ser manuseada de forma correta. No uso de máscara, há certas coisas a garantir:

– Garantir que a boca e o nariz ficam tapados pela máscara;

– Atar a máscara de forma a minimizar entre a máscara e a face;

– Evitar tocar na máscara enquanto se usa;

– Remover a máscara usando a técnica adequada;

– Depois de a máscara ser retirada, higienizar as mãos;

– Não reutilizar máscaras;

– Deitar fora as máscaras depois de usar.