Escolas não vão abrir em abril, garante Marcelo

Se queremos ganhar “a liberdade em maio”, o processo passa por “ganhar em abril”, afirma o Presidente da República.

O Presidente da República faz balanço da terceira reunião sobre a situação do combate à covid-19. E ficou a certeza que as escolas não vão reabrir no mês de abril.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta terça-feira que há “uma tendência positiva”, apesar de lenta. E se queremos ganhar “a liberdade em maio”, o processo passa por “ganhar em abril “. Ou seja, Marcelo lembra que é preciso um suplemento de esforço este mês. "Pedimos aos portugueses um suplemento do esforço além do que tem feito”, apela. 

João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal, insiste que o “mês de abril é o mês para continuar as medidas de contenção”. E avisa que Portugal não estará preparado para a retoma após o combate à pandemia.

“Parece claro que as medidas de contenção estão a dar resultado”, afirma Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, reconhecendo que está fora de causa as escolas reabrirem portas a partir de 14 de abril. “ A abertura do ano lectivo no dia 14 de abril está fora de questão “, avisa a dirigente. O Presidente já tinha confirmado que “obviamente “ não haverá reabertura de escolas em abril.

A avaliação foi feita por especialistas depois do pedido do primeiro-ministro. Amanhã recebe os partidos para afinar a decisão.

O PCP, pela voz de João Oliveira, defende que a contenção e o isolamento também deverá ter de ser acompanhado por soluções para resolver “os problemas económicos sociais”. A exigência já tinha sido feita também pela coordenadora do BE.

O PEV alerta que é necessário preparar um plano face às escolas encerradas em abril, porque ninguém pode ficar para trás. O aviso foi feito por Mariana Silva, do PEV.

O vice-presidente do PSD, David Justino, insiste na disponibilidade do PSD para colaborar com o Governo, designadamente, na reavaliação de uma reabertura de escolas em maio. Contudo, o dirigente lembra que há grupos de risco nas escolas com uma média de idades de 50 anos na classe docente. Lembrou, por isso, os “condicionamentos” deste processo.

Da parte do PSD há a garantia de que o partido elencos medidas para as soluções para ensino não presencial, diz David Justino. O dirigente do PSD alerta ainda que o “parque informático”no meio escolar está obsoleto.

O líder do CDS começou por dar uma palavra “de ânimo” aos portugueses pela avaliação da situação. Francisco Rodrigues dos Santos insiste na testagem massificada. Caso contrário, não se consegue ter um retrato total da situação. E exemplifica com o caso de Aveiro com atrasos nos rastreios.

Francisco Rodrigues dos Santos voltou a defender que é preciso chegar meios de proteção individual para quem está na linha da frente: da saúde até às forças de segurança. “Não se mandam soldados para a guerra desprotegidos”, afirmou.

O CDS voltou a defender um choque de tesouraria as empresas e realçou que os centristas foram os primeiros a defender a extensão do leu-off para sócios-gerentes, elogiando a atitude do PSD de propor ideias similares. Por fim, destacou o papel dos “heróis de bata branca” na saúde.

 “Não é ainda o tempo de levantar as restrições” da atividade escolar , reconheceu André Silva, do PAN. O deputado insistiu que esta é a altura de avançar com a transição digital no meio escolar.

Terminaram as declarações aos jornalistas. Da terceira reunião com especialistas ficou claro que as escolas não vão reabrir em abril, tal como o i e o Sol, avançaram. O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admitiu uma “luzinha no fim do túnel “ em maio. O chefe de Estado já tinha dito a Antena 1 que não via motivos para a descompressão em abril, admitindo o prolongamento do Estado de Emergência.