Médico de Wuhan sobre não usar máscara: “Não é cultural, é estupidez”

Wang Xinghuan, diretor-geral do hospital Leishenshan, em Wuhan, defende que o uso de máscara é essencial para controlar pandemia

A utilização de máscara para combater a covid-19 é um tema que está longe de ser consensual. Contudo, há quem não tenha dúvidas da sua importância para combater a pandemia.

Wang Xinghuan, diretor-geral do hospital Leishenshan, um dos dois hospitais que foram construídos em tempo recorde, em Wuhan, para acolher as primeiras vítimas da doença, é categórico: o uso de máscara devia ser obrigatório.

"Não é cultural, é estupidez", disse o profissional de saúde sobre a não utilização daquele material de proteção.

"Se não forem usadas, a epidemia não pode ser controlada", acrescentou ainda o profissional de saúde.

Para Xinghuan há três passos obrigatórios no que respeita à contenção da covid-19: além do uso da máscara obrigatória para toda a gente, o médito defende o confinamento obrigatório e a quarentena em espaços dedicados para casos mais leves, suspeitos ou em contacto com doentes.

O novo coronavírus já provocou mais de 107 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Depois de surgir na China, precisamente em Wuhan, em dezembro último, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é neste momento o mais atingido, com cerca de 900 mil infetados e 74 mil mortos.