“O empobrecimento também destrói vidas”, diz Jerónimo de Sousa

Secretário-geral do PCP diz que o estado de emergência está a ser aproveitado para “aumentar a exploração”

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu, hoje, que “o vírus é perigoso e pode matar”, mas “agravar a exploração e o empobrecimento, despedir abusivamente, cortar salários, desregular horários de trabalho, negar proteção social a setores mais vulneráveis, também destrói vidas”.

Numa mensagem publicada no site do partido, Jerónimo alerta que o estado de emergência está a ser aproveitado para “aumentar a exploração” e “serviu de pretexto para que os grupos económicos e o grande patronato, com máxima liberdade e inteira impunidade, pudessem despedir, explorar e restringir drasticamente a possibilidade de os trabalhadores se organizarem, defenderem e fazerem valer os seus direitos”

O secretário-geral do PCP dá alguns sinais sobre as posições que o PCP vai adotar no futuro depois do apelo de António Costa para que a esquerda não estivesse apenas disponível nos anos das vacas gordas. Jerónimo defende “um plano de emergência e investimento no SNS” e a "valorização" dos salários e pensões.

“Os trabalhadores e o País ficaram mais pobres” com a troika e “a sua política de terra queimada de aumento do desemprego, de cortes nos salários e nos direitos. Com a reposição de direitos e de salários, a valorização das reformas e pensões e das respostas sociais melhorou a economia, aumentou o emprego, o País progrediu. Esse é o caminho”, afirma o secretário-geral do PCP.