Emissão de dióxido de azoto sofre “queda dramática” em cidades europeias

Paris foi a cidade onde, no último mês, foi registada a maior queda, com uma descida de 54% nos níveis de azoto. Seguem-se cidades como Madrid, Milão e Roma, com uma queda de 45%. 

No último mês, as concentrações de dióxido de azoto por toda a Europa têm diminuído entre os 45% e os 50%, em comparação com o mesmo período registado no ano passado.

Os dados são do Instituto Meteorológico Real da Holanda (KNMI), que, com a ajuda do satélite Copernicus Sentinel-5P, registaram os níveis de azoto entre 13 de março e 13 de abril, período em que as cidades onde se registaram as maiores quebras se encontravam em confinamento. Paris foi a cidade onde foi registada a queda mais dramática, com uma descida de 54% nos níveis de azoto. Seguem-se cidade como Madrid, Milão e Roma, com uma queda de 45%.

O dióxido de azoto, que aumentar a probabilidade de desenvolvimento de problemas respiratórios, é produzido a partir de centrais elétricas, veículos e outros tipos de instalações industriais, e a variação deste gás na atmosfera varia diariamente devido às flutuações das emissões e das condições climáticas.

É esta última condicionante que torna difícil tirar conclusões “com base apenas em medições diárias ou semanais”, segundo o instituto.

“A média de dados durante períodos mais longos permite-nos ver mudanças mais claras nas concentrações devido à atividade humana. Por esse motivo, os mapas mostram concentrações ao longo de um período mensal e são fornecidos com uma incerteza de 15%, que reflete a variabilidade climática não contabilizada nas médias mensais utilizadas”, explica Henk Eskes, cientista no KNMI.