E tudo a covid levou….

Os profissionais da comunicação dizem que é importante que as marcas continuem vivas e presentes na vida das pessoas, pois serão as marcas que nos acompanham nos tempos difíceis que resistirão

A relevância é uma das palavras do momento. No grupo Havas já o é há muito tempo e somos orgulhosos detentores de um estudo proprietário que analisa a relevância das marcas e o seu papel, a diferentes níveis, na nossa vida. 

Mas é seguro dizer que a palavra relevância vai adquirir um significado novo. Ou se não totalmente novo, pelo menos enriquecido. Quando de repente o mundo para e tudo é colocado em causa, o papel das marcas é revisto, reequacionado e reinterpretado por todos. 

É certo que as marcas que nos são mais próximas nestes momentos assumem uma importância elevada e como tal conseguem destacar-se no meio da crise. Tudo o que são bens essenciais, supermercados, serviços ou setores que de alguma forma continuam presentes na nossa vida e nos permitem seguir com aparente normalidade, são marcas que naturalmente incrementam nesta altura a sua relevância. A sua pertinência ou importância.

Numa relação de facto interesseira sentimos essa proximidade, não tanto pela marca, mas pelo que dela retiramos nesta fase de pandemia. Somos inundados de comunicação emocional que nos leve para esse universo em que ‘todos’ alegam estar lá para os portugueses, em que agradecem aos que estão na linha da frente, em que ajudam, em que mostram como ajudar, em que mostram o envolvimento com a comunidade. 

Serão estas de facto as marcas mais relevantes e duradouras?

Certo é que ninguém está neste momento a pensar em companhias aéreas, marcas de carros, hotéis, restaurantes, marcas de roupa e outros ‘bens’ que consideramos neste momento desnecessários ou até mandatoriamente proibidos. Por mais que a possibilidade de compras on-line exista e se fomente até a que o consumo continue, é certo que ninguém acha que, na eminência de uma crise económica sem precedentes, a compra de uma peça de roupa ou de mais uns brincos se torne prioritária. 

Mas e quando pudermos todos sair de casa e viver e explodir no mundo lá fora? Inverte-se a relevância e passamos então a dar valor a tudo o que não pudemos fazer, destacando então todo um rol diferente de marcas?

Como se vai comportar o ser humano quando o mundo ‘desbloquear’? E as marcas?

Todos os profissionais da comunicação dizem, e bem, que é importante que as marcas continuem vivas e presentes na vida das pessoas pois serão as marcas que os acompanham nos tempos difíceis que resistirão. Outros dizem que são as marcas que hoje fazem a diferença, ajudando, tomando medidas para estar ao lado das famílias e para ajudar a economia que mais sairão valorizadas. Outros ainda acham que só as mais fortes resistirão a tamanha pandemia.

Não sabemos bem nem como nos vamos comportar nem o que vamos valorizar depois de tudo passar, ainda que todos possamos ter muitas opiniões e teorias. 

Mas uma coisa é certa: a relevância, venha ela imbuída de novo significado ou não, continuará a ser o barómetro para avaliarmos uma marca e a sua relação com os consumidores. 

E por isso sabemos que a nossa missão nesta busca constante da relevância se torna ainda mais premente. Hoje uma busca diferente e revolucionada, mas sempre assente no que importa para as pessoas. 

Porque é nessa importância que, enquanto marcas, podemos ajudar a ‘salvar’ o mundo. 

Fiquem em casa.