“As medidas impopulares não são uma escolha”

Pedro Mota Soares foi um dos subscritores da carta a pedir a Marcelo e a Costa uma estratégia gradual de retoma. Diz que temos obrigação de estar preparados para uma segunda vaga.

Esta carta foi assinada por personalidades de diferentes áreas, desde profissionais de saúde até músicos. O que significa esta pluralidade?

Significa que há muitos portugueses preocupados com a salvaguarda da saúde pública e ao mesmo tempo com a economia. Empresários e sindicalistas, muitos médicos e profissionais da área da saúde, da academia e da economia que recusam uma visão antagónica entre saúde pública e economia, mas que acima de tudo não querem que esta pandemia acabe com o nosso modelo de sociedade aberta, plural, com justiça e coesão social. É importante lançar este debate e conseguir encontrar as melhores soluções que garantam, sempre e em primeiro lugar o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida dos portugueses.

É possível prever qual é o momento mais indicado para começar a aliviar as restrições e regressar a uma certa normalidade como pedem os subscritores desta carta?

Desde o momento em que a carta foi escrita até hoje já surgiram factos novos. Ainda bem que foi possível lançar este debate. O Governo já avançou com a possibilidade de se retomarem mais serviços a partir de maio. Concordo com a necessidade de reforçar a capacidade de resposta de equipamentos de proteção individual e de reforçar as redes de transportes públicos. Isso permite iniciar esse regresso. Parece-me um bom indicador.

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