“Seria completamente estúpido fechar a Assembleia da República no 25 de Abril”, diz Ferro Rodrigues

Presidente da Assembleia da República defende que o 25 de Abril é uma das datas mais importantes no calendário do Parlamento.

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, disse, em entrevista à TSF, que “seria algo completamente estúpido” o Parlamento fechar no 25 de Abril.

Na entrevista, que será emitida esta quarta-feira, Ferro Rodrigues defende que “o que seria estranho era a Assembleia da República não fazer a cerimónia do 25 de Abril”, uma vez que esta é uma das datas mais importantes no calendário da Assembleia da República.

O presidente da AR defendeu a sua posição relembrando as palavras de Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, na conferência de imprensa desta terça-feira, e realçando que também o hemiciclo se tem reunido para “votar as questões relacionadas com a lei de emergência”.

“A diretora-geral de Saúde teve ocasião de se exprimir esta manhã de uma forma muito clara e muito veemente sobre a situação, que é a de que a Assembleia da República não representa nenhum perigo para a saúde pública, muito menos a cerimónia de homenagem ao 25 de Abril de 1974″, disse.

Questionado sobre se não seria melhor um “meio-caminho”, Ferro Rodrigues reitera que “o meio-caminho é isto”.

Na mesma entrevista, o presidente da AR admite ainda que a pandemia de covid-19 já levou a “muito desemprego, muito lay-off” e que “é um desafio não apenas para a democracia portuguesa, mas para a União Europeia para conseguir dar sinais” de que consegue dar resposta a situações graves de crise global”.

Se tal não acontecer, vamos assistir ao  “avanço de alternativas de extrema-direita” e de fenómenos “populistas e fascizantes nos próximos anos”.

“Tudo aquilo que tem que ver com a utilização do medo e da mentira como instrumento político, é uma arma típica da extrema-direita e que está a mostrar que ainda existe”, afirmou.