Mais 78 refugiados em Portugal testados à covid-19

Operações de prevenção estão a ser realizadas em Lisboa. Nas estradas, a PSP fiscaliza condutores.

O Ministério da Administração Interna (MAI) está a desenvolver várias operações de prevenção em diversos alojamentos de Lisboa, na sequência do caso que aconteceu no hostel Aykibom, em Arroios, que foi evacuado depois de ser sido detetado um caso de covid-19, estado ainda a ser procurados  cinco migrantes pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Este domingo, mais 78 requerentes de asilo em Portugal, hospedados no hostel Lisbon Bangla Guest House, na freguesia de Arroios, foram igualmente testados, bem como dois funcionários desse mesmo hostel, com o objetivo de dar cumprimento àquilo que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, havia solicitado. “Requerentes de asilo que se encontram a aguardar decisão administrativa ou judicial em alojamento coletivo serão testados à covid-19, sobretudo na área de Lisboa”, avançou. 

A operação começou ao final da manhã e terminou cerca das 17 horas. Durante a fiscalização, os hóspedes saíam ordeiramente do hostel onde se encontravam, as autoridades de saúde mediam-lhes a temperatura corporal e os refugiados dirigiam-se posteriormente para o interior de uma ambulância para a realização dos testes de despistagem, que vão continuar a ser efetuados sem qualquer prazo definido para a sua conclusão. Cerca de 950 requerentes de proteção estão a ser acompanhados, sendo que 800 dos quais encontram-se em alojamentos externos aos serviços, nomeadamente em hostels na cidade de Lisboa.

Estas são algumas das operações de fiscalização que têm sido  feitas. Nas estradas, a Polícia de Segurança Pública (PSP) também tem realizado várias operações rodoviárias para verificar se os condutores estão a cumprir as limitações de circulação impostas pelo Governo. Começaram este domingo, em vários pontos da Grande Lisboa. Nesse sentido, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) já solicitou o fornecimento de máscaras sociais reutilizáveis ao MAI, sublinhando mesmo que passem a fazer parte do equipamento das autoridades policiais, nomeadamente da PSP. 

“Após o estado de emergência, a Polícia terá naturalmente mais intervenções com a população o que tornará a missão mais complexa do ponto de vista operacional e de maior risco de contágio”, lê-se no comunicado divulgado pela PSP, que diz que estes meios de proteção contra a covid-19 são indispensáveis. 

De acordo com a nota divulgada, a ASPP/PSP defende que cada polícia devia ter pelo menos uma máscara social reutilizável como “ferramenta de trabalho” para uma maior segurança por parte das autoridades. Assim, os agentes da PSP sentir-se-iam “mais seguros” durante a pandemia covid-19, que em Portugal já matou 908 doentes – um aumento de 23 óbitos em 24 horas – e infetou 23864, mais 472 casos em relação ao dia anterior.