Trump nega responsabilidades no aumento de casos de ingestão de desinfetante

O líder norte-americano sugeriu uma injeção de desinfetante para tratar o coronavírus durante uma conferência de imprensa sobre evolução da pandemia.

Trump nega responsabilidades no aumento de casos de ingestão de desinfetante

Depois de uma enorme de uma enorme polémica ao sugerir que se investigasse a possibilidade de injetar desinfetante no corpo como forma de combater a covid-19, Donald Trump rejeitou, esta segunda-feira, qualquer responsabilidade no aumento de urgências relacionadas com a sua sugestão.

Durante uma conferência de imprensa, o Presidente dos Estados Unidos, que já tinha alegado que estava apenas a ser sarcástico no momento em que sugeriu uma injeção de desinfetante para tratar o coronavírus, disse que não aceitava a responsabilidade que lhe atribuíam no aumento do número de telefonemas a pedir apoio e informações sobre o consumo de desinfetantes.

“Não, não aceito”, disse Donald Trump. Questionado sobre os motivos que levaram um conjunto de pessoas a ingerir produtos de desinfeção, o líder norte-americano respondeu: “Não imagino porquê”.

As declarações de Trump a descartar responsabilidades surgem depois de a NPR, rádio pública norte-americana, revelar que o centro de controle de envenenamentos de Nova Iorque recebeu um número elevado de chamadas no dia seguinte às palavras do Presidente.

Recorde-se que as declarações do líder norte-americano foram feitas depois de um dos funcionários do Governo apresentar o resultado de uma investigação que sugeria que o coronavírus parecia enfraquecer mais rapidamente quando exposto à luz solar e ao calor, bem como a desinfetante. 

Trump sugeriu uma injeção de desinfetante para tratar o coronavírus durante uma conferência de imprensa sobre evolução da pandemia.  "Vejo que o desinfetante o mata num minuto. Um minuto. Existe alguma forma de conseguirmos fazer isso [no corpo], por exemplo através de uma injeção ou uma espécie de limpeza?", questionou.

Depois das declarações, marcas de desinfetantes chegaram mesmo a utilizar as redes sociais para deixar alertas e vários médicos mostraram-se indignados.