CTT não avança para layoff, segundo o Governo

Secretário de Estado classificou os CTT como “melhor empresa portuguesa”, elogiou administração e admitiu que tudo se encaminha para a renovação do atual contrato de concessão da empresa de correios.

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações disse esta quarta-feira que as informações que tem são de que a administração dos CTT terá decidido recentemente não avançar para layoff, o que considerou uma “decisão corajosa”.

“A informação que tenho é que a administração dos CTT terá decidido muito recentemente que não ia para layoff, adiantou Alberto Souto de Miranda, que falava na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito de uma audição regimental.

O secretário de Estado congratulou-se com a decisão da administração da empresa, classificando-a de “corajosa”, numa altura de quebra de receitas, devido aos efeitos da pandemia de covid-19, nomeadamente a diminuição de 40% nas receitas do tráfego internacional de encomendas.

Quanto aos despedimentos, Souto de Miranda defendeu que os CTT “são talvez a melhor empresa portuguesa”, com 12 300 trabalhadores, nenhum despedimento durante a crise e “apenas a não renovação de 50 trabalhadores” com contratos a termo.

O secretário de Estado das Comunicações aproveitou, ainda, a ocasião para deixar uma palavra de reconhecimento, não apenas à administração dos CTT, mas também aos próprios carteiros, que fizeram o esforço de ir entregar os vales das reformas a casa de 40 mil beneficiários, numa primeira fase. “Foi uma iniciativa com risco para os próprios trabalhadores dos CTT e queria deixar uma palavra de reconhecimento aos trabalhadores que ajudaram a solucionar esse problema”, sublinhou o governante.

Alberto Souto de Miranda admitiu que tudo se encaminha para que haja condições para negociar a renovação do contrato de concessão com esta administração da empresa de correios. “Temos de dar o benefício da dúvida a esta administração, que, até agora, tem demonstrado ter alguma responsabilidade social, num contexto de quebra”, considerou.