Manifestantes armados que tentaram invadir o capitólio do Michigan são “boas pessoas”, defende Trump

Alguns dos manifestantes que tentavam entrar no capitólio para protestar contra a lei do confinamento obrigatório tinham em sua posse armas e muitos gritavam “deixem-nos entrar” e “esta é a casa do povo”

Depois de um grupo de manifestantes ter tentado invadir o capitólio do Michigan, muitos deles armadados, para protestar contra a lei do confinamento obrigatório, que estava a ser debatida pelos membros da câmara dos representantes e do senado estadual e pela governadora do Michigan, Gretchen Whitmer, que defende o alargamento das medidas de restrição no estado norte-americano, Donald Trump veio a público defender os protestantes. 

Através do Twitter, o Presidente dos Estados Unidos apelou à governadora do Michigan que chegue a um acordo com os cidadãos do estado. “A governadora do Michigan devia ceder um bocadinho e apagar o fogo”, escreveu o Presidente. “Estas são muito boas pessoas, mas estão zangadas. Querem ter as vidas deles de volta, com segurança! Receba-os, fale com eles, chegue a um acordo". 

Alguns dos manifestantes que tentavam entrar no capitólio tinham em sua posse armas e muitos gritavam “deixem-nos entrar” e “esta é a casa do povo”. As autoridades norte-americanas acabaram por conseguir controlar a situação e evitar uma invasão ao local.

A poposta da governadora acabou por ser chumbada pelos membros da câmara dos representantes e do senado estadual, na sua maiora membros do partido Republicano.No entanto, Gretchen Whitmer acabou por decretar uma ordem executiva para obrigar o Michigan a permanecer em estado de emergência até ao dia 28 de maio, mesmo contra a vontade dos restantes membros.

"A covid-19 é um inimigo que ceifou mais vidas de pessoas do Michigan do que aquelas que perdemos na Guerra do Vietname”, afirmou a governadora num comunicado, divulgado pelo Washington Post. “Embora alguns membros do ramo legislativo considerem que esta crise já passou, o senso comum e todos os dados científicos dizem-nos que ainda não estamos a salvo. Ao recusarem prolongar o estado de emergência e de desastre, os republicanos estão a enfiar a cabeça na areia e a pôr mais vidas e a sobrevivência de alguns em risco", concluiu.