Médicos alertam: “Utilização de viseira não deve dispensar o uso em simultâneo da máscara”

A legislação, publicada em Diário da República, no dia 1 de maio, onde é definida a obrigatoriedade do uso de máscaras ou viseiras para o acesso a certos espaços e serviços pode vir a comprometer o aumento do número de casos no país. 

Médicos alertam: “Utilização de viseira não deve dispensar o uso em simultâneo da máscara”

A Ordem dos Médicos e o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas apelam ao Governo que altera a legislação, publicada em Diário da República, no dia 1 de maio, onde é definida a obrigatoriedade do uso de máscaras ou viseiras para o acesso a certos espaços e serviços, como transportes públicos ou estabelecimentos de ensino. Esta lei equipara as máscaras de proteção às viseiras o que, na visão da Ordem dos Médicos e do Conselho de Escolas Médicas Portugal, pode vir a comprometer o aumento do número de casos no país. 

A viseira “é um bom elemento de proteção a nível ocular, confere alguma proteção das vias áreas a quem a usa, mas não confere proteção às outras pessoas”, pode ler-se num comunicado de ambas as entidades. "Não existem estudos sólidos sobre o impacto da utilização da viseira, como alternativa à máscara, na redução do risco de contágio pelo novo coronavírus em termos de infeção através das vias aéreas.  A utilização de viseira não deve dispensar o uso em simultâneo de outros equipamentos de proteção individual adequados, como a máscara”, acrescentam.

Também questionada sobre as pessoas que foram vistas, esta segunda-feira, no primeiro dia em que foram levantadas várias restrições e abertos vários espaços comerciais, apenas a utilizar viseira, Graça Freitas sublinhou que a máscara não deve ser dispensada devido à utilização da viseira. "[A viseira] protege muito bem os olhos, protege muito bem o nariz, mas já não protege tão bem, porque é aberta em baixo, [as] gotículas expelidas através do espirro, da tosse, ou mesmo da fala”, explicou a diretora-geral da Saúde.