Não à derrota e à dissolução nacional!

Se bem que esta guerra, do coronavírus, seja uma ‘guerra de baixa intensidade’, em termos metodológicos ela deveria ser travada do mesmo modo do que uma ‘guerra a sério’ o seria.

Assistimos todos os dias pelas televisões a todo o tipo de comentários e opiniões sobre os mais variados assuntos relacionados com o coronavírus: as máscaras, os testes, os estudos de imunidade, os níveis de confinamento, os números de mortes, as previsões sobre a evolução da pandemia, as consequências económicas e as medidas de emergência e de ‘estímulo’, etc.. Sobre todos estes assuntos consultam-se miríades de ‘especialistas’, ‘catedráticos’ e ‘opinadores’ que não chegam a nenhum acordo. Será natural que, perante tal ‘chinfrineira ruidosa’, se abatam sobre a população as dúvidas, os receios, a insegurança e o medo. Estamos todos na corda bamba, sem futuro previsível, paralisados e confusos. Tanto mais confusos quanto os ‘generais’ que dirigem esta guerra, o Governo e os organismos estatais competentes, designadamente na área da saúde, são constantemente postos em causa, menorizados e sabotados por toda uma turba de ‘curas a soldo’ que, ao abrigo da ‘liberdade de imprensa’, servem os seus amos.

E eu, com uma formação militar que imediatamente reivindica uma ‘unidade de direção’ e uma forte coesão nacional para vencer, pergunto-me: Quem controla, e com que propósitos, esta ‘comunicação social’, pública e privada, que, insidiosamente, manipula as emoções públicas e vai colocando no subconsciente de cada um as ‘mensagens’ sobre a inevitabilidade da maior escravização futura de Portugal e do seu povo às mãos do Capital Financeiro Internacional?

Se bem que esta guerra, do coronavírus, seja uma ‘guerra de baixa intensidade’, em termos metodológicos ela deveria ser travada do mesmo modo do que uma ‘guerra a sério’ o seria.

Também numa ‘guerra a sério’ as imprevisibilidades, decorrentes da vontade e da iniciativa do ‘inimigo’, são tremendas; no entanto, elas são tratáveis e inseríveis num processo de planeamento rigoroso e de execução disciplinada. O facto de nesta guerra do coronavírus haver muita ‘imprevisibilidade’, não obsta a que o processo de direção seja consistente e eficiente.

Numa ‘guerra a sério’, todos os recursos e setores da nação terão de ser concentrados nos Objetivos definidos e incorporados nos dispositivos operacionais. Quem se negue a isso, poderá ser considerado ‘desertor’ ou ‘traidor’ (se trabalhar concertado com o Inimigo).

Porque é que, ‘nesta guerra’, nesta emergência nacional, os sistemas privados de saúde ficam de fora? Porque não foram requisitados?

Porque é que, ‘nesta guerra’, a ‘comunicação social’, pública e privada, não se encontra a trabalhar convergentemente com a direção estratégica da batalha, mesmo que para tal fosse necessário reorganizar as direções dos meios públicos e, se necessário, exercer ações sobre os meios privados?… Quando, ainda por cima, o presidente do PSD, Rui Rio, deu, ele próprio, o exemplo de ‘como se deve trabalhar’ em circunstâncias de emergência nacional como a presente?

Se o papel do Ministério da Defesa (e das forças armadas que restam ao fim de 40 anos da sua infantilização) se limita a operações ridículas e indignas como aquela da ‘distribuição de refeições’ aos sem-abrigo, podemos pensar quão elevado já está o grau de Dissolução Nacional.

Bastará, para ‘terminar a obra’, enterrar o país em mais uma avalanche de empréstimos e instrumentos de dependência…

Entretanto, nesta Beira Alta onde me encontro bem ‘confinado’, sobram terrenos, água e vontades para criar as batatas, os legumes e a fruta toda para alimentar o país, sem ter de importar nada!

Bastaria, conforme aqui me disseram, em nome da Liberdade prometida por Abril, que a ‘economia social’ não se limitasse aos ‘lares-asilos de idosos’ e aos depósitos de ‘cuidados continuados’ promovidos por ‘ipsses’, e que a ASAE, a GNR e as ‘Finanças’, não andassem, «ao serviço dos hipermercados, atrás dos agricultores que levam produtos nos seus carros».