Costa salienta importância de produção nacional de ventiladores “Não podemos depender de um mercado desregulado e selvagem”

Numa altura em que as medidas de desconfinamento estão a ser levantadas, os portugueses necessitam de ter segurança. “Se tudo correr mal e precisarmos mesmo de chegar à fase dos cuidados intensivos, temos de ter a garantia que temos os equipamentos necessários”, aponta o primeiro-ministro

António Costa esteve esta sexta-feira no CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhas, que está a produzir ventiladores para ajudar na linha da frente de combate à covid-19. Na visão de António Costa, o país necessita de ter muitos ventiladores para caso nesta fase em que se começou a conviver com o vírus exista a “garantia” que “se tudo correr mal, não faltarão ventiladores” e que “se formos contaminados temos um Serviço Nacional de Saúde suficientemente robusto”.

“Se tudo correr mal e precisarmos mesmo de chegar à fase dos cuidados intensivos, temos de ter a garantia que temos os equipamentos necessários. E é por isso muito importante que essa segurança exista para os profissionais de saúde, mas que exista para o conjunto de cidadãos: o saber que se tudo correr correr mal, não faltarão ventiladores para todos aqueles que necessitam de ser ventilados“, disse Costa. 

O primeiro-ministro diz que é necessário reforçar o mercado nacional e que não se pode depender de "um mercado desregulado e selvagem" como o internacional, visto a oferta não acompanhar a procura por parte de todos os países que enfrentam o novo coronavírus.  “Coisas tão banais como máscaras não podem vir de países a milhares de quilómetros de distância. Não podemos depender de um mercado que está completamente desregulado e selvagem, que a luta quase ombro a ombro fisicamente, para comprar um ventilador aqui, outro ventilador ali. Tem sido muito difícil em Portugal e em sido muito difícil em todo o mundo”, salienta.

“Temos engenharia para isso, temos industria para isso, temos competência e profissionais para isso. E, portanto, podemos ser autónomos na produção“, afirma, elogiando a CEiiaA. “Mais uma vez provámos que, em todos os momentos de exceção, os portugueses são absolutamente excecionais”.