Vai ou não haver romaria à Festa do Avante!?

Não sou muito fã de alguns comentários dos jornalistas que apresentam os telejornais, fazem-me, por vezes, lembrar os conselhos sentimentais de revistas como a Maria, mas é apenas uma questão de gosto. Não vem mal algum ao mundo com os seus comentários mais ou menos lamechas. Já os ataques de que Rodrigo Guedes de Carvalho…

Olhando para este período de pandemia, constatamos facilmente que o fanatismo entre a esquerda e a direita não abrandou. Ou se está de um lado ou do outro. Nem o raio de um vírus que mudou radicalmente a nossa vida conseguiu pôr algum juízo na cabeça das pessoas. Quer os festejos dos 25 de Abril, como do 1.º de Maio, a melhor ou pior resposta à covid-19, o preço exorbitante das máscaras e do gel, entre tantos outros assuntos, continuam a ser analisados pelo olho cego da partidarite. Não há nada a fazer, não temos uma cultura de elogiar o que está bem ou mal, independentemente da cor partidária que se confesse. Neste tempo de extremismos, nem a atuação dos jornalistas que apresentam os telejornais escapa ao destilamento de veneno.

Não sou muito fã de alguns comentários dos jornalistas que apresentam os telejornais, fazem-me, por vezes, lembrar os conselhos sentimentais de revistas como a Maria, mas é apenas uma questão de gosto. Não vem mal algum ao mundo com os seus comentários mais ou menos lamechas. Já os ataques de que Rodrigo Guedes de Carvalho foi alvo pela condução da entrevista que fez à ministra da Saúde ultrapassa em tudo o que é aceitável. Mas então o papel do jornalista não é questionar o que está mal? Foi agressivo? Porquê? Porque perguntou se havia dois pesos e duas medidas para situações semelhantes?

Diga-se que a pobre ministra foi depois obrigada a retratar-se, no que às celebrações do 13 de Maio diz respeito, revelando que é preciso fazer uma distinção entre peregrinos e celebrantes. Penso que nem com um milagre a maioria das pessoas percebeu o que queria dizer. Ou melhor, percebeu e achou um disparate.

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