Início do desconfinamento marcado por descida no número de internados e aumento no número de recuperados

“Isto não significa que devamos relaxar os cuidados mas seguramente dá-nos confiança para seguir este percurso”, afirma António Sales.

Segundo o último balanço das autoridades de saúde, existem 28583 pessoas infetadas com o novo coronavírus em Portugal, mais 264 do que ontem. Do total de doentes, 673 pessoas estão internadas, das quais 112 em Unidades de Cuidados Intensivos. Em tratamento domiciliar, estão 81,8% do total casos.

3328 já venceram a doença no país, mais 130 do que ontem. Por outro lado, 1190 morreram infetadas com a covid-19. A taxa de letalidade global é de 4,2%, e em pessoas com mais de 70 anos é de 15,4%

Em relação ao número de testes realizados no país desde o ínicio da pandemia, António Sales afirma que já foram realizados 600 mil testes à covid-19. "O desconfinamento não significou um relaxamento na testagem", aponta António Sales, afirmando que no dia 13 de maio foram feitos cerca de 17.500 testes, o dia em que foram realizados mais testes. 

Sobre a evolução da covid-19 numa altura em que estão a ser levantadas algumas das normas de confinamento, o secretário de estado da Saúde afirma que "não é tempo de balanços mas sim de olhar para os números com prudência": desde o dia 4 de maio, quando começaram a ser levantadas algumas restrições, houve uma redução de 17% dos casos em internamento e de 16% em unidades intensivos. Os casos recuperados tiveram ainda um aumento superior a 90% "

Em relação ao estudo publicado esta quinta-feira pela Fundação Champalimaud, que afirma que a exposição ao novo coronavírus foi dez vezes superior à taxa de infeção identificada pelos testes aos profissionais de saúde, António Sales afirma que "sempre que uma pessoa testou positivo à covid-19 dentro de uma instituição, todos os contactos próximos foram testados e monotorizados pelas equipas de saúde" e que "todos os profissionais de saúde tiveram acesso a material de proteção" e que "sempre estiveram protegidos e seguros no que toca à testagem" quando estiveram em contacto com um doente de covid-19.

Questionada sobre os óbitos em Portugal, "mais de 86% foram de pessoas acima dos 70 anos", aponta Graça Freitas. A grande maioria tinha outras doenças, no entanto, existem "casos pontuais", onde as vítimas mortais não sofriam de outras doenças. A pessoa mais jovem a morrer relacionada com covid-19 tinha 29 anos, relembra a diretora-geral da Saúde.

Graça Freitas diz ainda que já houve um caso de Síndrome de Kawasaki no país. "Já apareceu nas características internacionais. Felizmente foi uma criança que evoluiu bem e já teve alta. Estamos atentos nos serviços de pediatria", afirma a diretora-geral da Saúde.

Atualmente o RT no país, a probabilidade de uma pessoa infetada infetar outro individúo, está em 0.97, "com pequenas variações regionais. Neste momento, a região centro tem uma variação do RT de 1.03", afirma a diretora-geral da Saúde. 

Questionada sobre se existe algum jogador do FC Porto que tenha testado positivo à covid-19, Graça Freitas diz que não pode comentar o assunto visto não ter acesso às instituições ou clubes de pessoas que testam positivo à doença, "só no ambito de um surto", aponta.