António Costa disse no Parlamento que novas injeções do Estado no Novo Banco só depois de uma auditoria.
Veio a saber-se, porém, que nessa altura o Estado já tinha entregado ao Novo Banco 850 milhões de euros.
Caiu o Carmo e a Trindade, e Costa foi acusado de mentir.
E então lá veio a explicação: o ministro das Finanças tinha-se esquecido de avisar o primeiro-ministro da transferência.
Nova tempestade: a falta, agora, era de Centeno, que tinha de explicar o erro.
Estávamos nisto, quando Marcelo se meteu surpreendentemente na história.
Numa visita à Autoeuropa, com António Costa ao lado, o Presidente elogiou o primeiro-ministro, reiterando que novos apoios aos bancos só depois de uma auditoria.
Mais uma vez, Marcelo punha a mão por baixo de António Costa.
E este pagou-lhe a ajuda, dizendo que esperava ali voltar para o ano na mesma companhia.
Ou seja, esperava que Marcelo fosse reeleito e que ele continuasse primeiro-ministro, voltando ali os dois em maio de 2021.
Para lá de uma insólita declaração de apoio à recandidatura de Marcelo, Costa dava mais um tiro no ministro das Finanças – que o Presidente implicitamente criticara.
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