PSA de Mangualde. Produção retoma 2.ª feira o segundo turno de trabalho

A fábrica reabriu a 7 de maio, mas apenas com um turno diário, depois de ter suspendido a produção a 18 de março. A 25 de maio irá funcionar a 100%.

Depois da Autoeuropa é a vez da fábrica da PSA, em Mangualde, de retomar esta segunda-feira o segundo turno de trabalho. A 25 de maio irá iniciar o terceiro turno, passando a partir daí a funcionar em pleno. A fábrica reabriu a 7 de maio, mas apenas com um turno diário, depois de ter suspendido a produção a 18 de março. 

“Mantendo como prioridades proteger os seus colaboradores e preservar a sustentabilidade da empresa, o centro de produção de Mangualde do grupo PSA já tem previsto o arranque da segunda e terceira fases do regresso à atividade industrial, criando as condições para o retomar da laboração a 100%”, referiu em comunicado.

De acordo com o fabricante automóvel, “o processo de recuperação gradual e seguro da atividade neste centro de produção tinha iniciado no dia 7 de maio com a entrada em laboração da primeira equipa, tendo por base a implementação de um protocolo de medidas sanitárias reforçadas para proteger a saúde dos colaboradores. Nesse dia voltaram a sair das linhas de produção os modelos Peugeot Partner, Citroën Berlingo e Opel Combo, após a paragem da fábrica originada pela crise covid-19”, salientou.

“Depois de uma bem-sucedida primeira fase de laboração de mais de uma semana, e graças à implicação e ao envolvimento dos trabalhadores e dos seus representantes, o centro de produção do Groupe PSA está a escassos dias de um restabelecimento completo da sua atividade. A fábrica e a direção do Grupo em França validaram o início do segundo turno de trabalho no dia 18 de maio, segunda-feira, e a totalidade das operações será retomada no dia 25 de maio, com a entrada em laboração do terceiro turno”, referiu o grupo.

Até chegar a esta fase de retoma gradual das suas atividades fabris, o Groupe PSA desenvolveu, implementou e fez auditar o protocolo de proteção sanitária mais completo da sua história, que foi partilhado com os seus parceiros sociais. Integra mais de 100 medidas, fornecendo um elevado nível de proteção dos trabalhadores, e está agora plenamente testado em cenário de atividade normal.

“Tendo em conta o contexto comercial (desconfinamento, reabertura dos concessionários e situação comercial de cada modelo) e a normalização progressiva do fornecimento de componentes, a aplicação e o respeito do protocolo criaram as condições para retomar a atividade de forma gradual e segura, estando previsto no dia 25 de maio a laboração dos quase mil colaboradores do centro de Mangualde”.

Para o secretário-geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP), o impacto do novo coronavírus no setor “é complicado” e comparou-o a uma “terceira guerra mundial para a economia”. Para Hélder Pedro não há dúvidas: o “cenário é complicado” para o setor e tem tendência para piorar. Os últimos dados, apontam para uma quebra de vendas de 57% em março. Já a produção de automóveis afundou 95,7% em abril, comparando com o mesmo mês de 2019, para 1238 veículos automóveis ligeiros e pesados, refletindo o impacto da covid-19.