“Estamos a correr uma maratona, que só deverá terminar em 2022”

Marcelo comparou combate à covid-19 a uma maratona e destaca que “ganhámos os primeiros cinco quilómetros”. Agora, falta o restante.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, comparou, esta segunda-feira, o combate à pandemia de covid-19 com uma “maratona”. O chefe de Estado, que visitou a Torre de Belém, em Lisboa, que hoje reabriu ao público em resultado da segunda fase de desconfinamento, apelou ainda aos portugueses para fazerem turismo em Portugal.

No dia em que se assinala também o Dia Internacional dos Museus, Marcelo defendeu a importância de levar os mais novos a visitarem o Património Cultural durante o verão e aproveitarem esta fase de desconfinamento como uma "oportunidade única de nos próximos dias fazerem visitas que não fazem há muito tempo".

"Convido os portugueses a fazerem aquilo que muitos não fazem, conhecer o património do nosso país, que os estrangeiros visitam e que os portugueses muitas vezes não fazem. Fiquem em Portugal e programem as vossas férias em Portugal. Aproveitem para fazer turismo em Portugal, a começar pela Torre de Belém, um dos grandes monumentos da nossa pátria. O nosso património cultural é riquíssimo”, começou por apelar.

“Compreendo os portugueses que ainda têm algum receio, mas com cuidado, cautela e proteção, devem sair e devem vir. Têm aqui uma oportunidade única para fazerem visitas que nunca fizeram ou que já não fazem há muito tempo", disse Marcelo.

"Estamos a correr uma maratona, que só deverá terminar em 2022. A primeira parte da maratona é de saúde, a segunda parte da maratona é económica e social. Na primeira parte da maratona ganhámos os primeiros cinco quilómetros. Correram bem. Agora estamos nos segundos cinco quilómetros”, explicou.

O Presidente da República adiantou ainda que as informações que lhe chegaram sobre as escolas, que esta segunda-feira reabriram, “são boas”. “Os pais, os alunos e os professores perceberam o que tinham de fazer", esclareceu.

Marcelo admitiu ainda que Portugal corre “um risco”, tendo em conta que é “dos primeiros países da Europa a reabrir". Contudo, destacou a relevância de dar passos seguros, porque é "aos poucos os portugueses têm de sentir confiança nos passos que dão".

Questionado ainda sobre uma possível recandidatura a Belém, o chefe de Estado disse que essa é agora uma questão que não o “preocupa”, nem aos portugueses. "Neste momento [as eleições], não são a prioridade dos portugueses", afirmou.